sexta-feira, 5 de junho de 2020

O capital e o trabalho: a história se repete

Reprodução: http://www.bu.edu/
Por Isabel Lustosa

No final do século XVIII, a Inglaterra descobriu que a escravidão era menos lucrativa do que o trabalho livre.

Mais de um século depois, as greves ensinaram aos industriais que sem os trabalhadores suas fábricas não funcionavam.

Foi aí que, representantes de um e de outro lado, sentaram na mesa e negociaram os direitos trabalhistas.

O neoliberalismo do século XXI uberizou o trabalho, eliminando direitos e impossibilitando a organização dos trabalhadores em sindicatos que os representem.

Agora, a pandemia demonstrou aos ricos que sem a força do trabalho eles não serão mais tão ricos.

Estão diante de duas opções:

Ou apoiam uma extrema-direita que aplicará um sistema de trabalhos forçados semelhantes aos que o nazismo adotou.

- sistema que só pode ser garantido por ditaduras que acabam por submeter também os ricos -

Ou defendem a democracia liberal tal como construída no pós-guerra em que os trabalhadores mantém condições de vida e de trabalho dignas e, com isto, movimentam a economia.

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