Por Tereza Cruvinel, no site Brasil-247:
As trovoadas judiciais desta semana culminaram na tempestade perfeita que desabou hoje sobre Bolsonaro e eu clã, com a prisão de Fabrício Queiroz.
Ontem ele foi profético sem querer, ao dizer a uma apoiadora: “está chegando a hora de tudo ser colocado no devido lugar”. Queiroz já está na cadeia mas isso é apenas o começo. As consequências jurídicas e políticas serão devastadoras.
Passadas mais de oito horas da prisão de Queiroz, Bolsonaro ainda não se pronunciou, pois sabe que precisa responder à pergunta que não se cala: ele sabia que seu próprio advogado, e do filho Flávio, Frederick Wassef, escondia Queiroz há mais de um ano em sua propriedade de Atibaia?
Ainda nesta quarta-feira ele estava no Planalto, na posse do ministro Fábio Faria.
Se ficar demonstrado que sim, há crime grave nesta conduta. E ainda que isso nunca seja provado, só os cegos e surdos pela paixão ideológica sustentarão que não.
Reunido com ministros civis e militares, Bolsonaro hesita entre duas possibilidades.
Se vai para o confronto retórico, acusando o Judiciário de estar avançando com a trama para derrubá-lo, e apontando sintonia entre as reações duras e firmes do STF esta semana e o pedido de prisão do operador das rachadinhas de Flávio na Alerj, estará puxando o problema para si e para o governo; se disser que não tem nada com isso, que o problema é do filho e do advogado Frederick Wassef, externará fraqueza e se reconhecerá emparedado.
Quando o barco faz água, as ratazanas correm, também na política, deixando o dono do barco afundar.
Os desdobramentos são imprevisíveis mas é certo que serão devastadores.
Em declaração de ontem, Bolsonaro sugeriu que estava preparando uma emboscada para o Judiciário. Ele reagiria à sorrelpa: “Chega mais, chega mais, vem mais, vem jogando ovo e pedra’. Hoje, o que caiu na cabeça não foi ovo nem pedra, foi um vergalhão de ferro.
Não creio que ele adote a “solução final” do golpe, com a qual vem ameaçando o país e tentando intimidar o STF, que lhe respondeu com firmeza ao manter Weintraub no inquérito das fake-news e ao declarar legal e constitucional o inquérito que o apavora, porque pode dar sustentação à cassação de sua chapa.
O que pode ter acontecido hoje é o início do fim de seu governo desastroso para o Brasil.
As trovoadas judiciais desta semana culminaram na tempestade perfeita que desabou hoje sobre Bolsonaro e eu clã, com a prisão de Fabrício Queiroz.
Ontem ele foi profético sem querer, ao dizer a uma apoiadora: “está chegando a hora de tudo ser colocado no devido lugar”. Queiroz já está na cadeia mas isso é apenas o começo. As consequências jurídicas e políticas serão devastadoras.
Passadas mais de oito horas da prisão de Queiroz, Bolsonaro ainda não se pronunciou, pois sabe que precisa responder à pergunta que não se cala: ele sabia que seu próprio advogado, e do filho Flávio, Frederick Wassef, escondia Queiroz há mais de um ano em sua propriedade de Atibaia?
Ainda nesta quarta-feira ele estava no Planalto, na posse do ministro Fábio Faria.
Se ficar demonstrado que sim, há crime grave nesta conduta. E ainda que isso nunca seja provado, só os cegos e surdos pela paixão ideológica sustentarão que não.
Reunido com ministros civis e militares, Bolsonaro hesita entre duas possibilidades.
Se vai para o confronto retórico, acusando o Judiciário de estar avançando com a trama para derrubá-lo, e apontando sintonia entre as reações duras e firmes do STF esta semana e o pedido de prisão do operador das rachadinhas de Flávio na Alerj, estará puxando o problema para si e para o governo; se disser que não tem nada com isso, que o problema é do filho e do advogado Frederick Wassef, externará fraqueza e se reconhecerá emparedado.
Quando o barco faz água, as ratazanas correm, também na política, deixando o dono do barco afundar.
Os desdobramentos são imprevisíveis mas é certo que serão devastadores.
Em declaração de ontem, Bolsonaro sugeriu que estava preparando uma emboscada para o Judiciário. Ele reagiria à sorrelpa: “Chega mais, chega mais, vem mais, vem jogando ovo e pedra’. Hoje, o que caiu na cabeça não foi ovo nem pedra, foi um vergalhão de ferro.
Não creio que ele adote a “solução final” do golpe, com a qual vem ameaçando o país e tentando intimidar o STF, que lhe respondeu com firmeza ao manter Weintraub no inquérito das fake-news e ao declarar legal e constitucional o inquérito que o apavora, porque pode dar sustentação à cassação de sua chapa.
O que pode ter acontecido hoje é o início do fim de seu governo desastroso para o Brasil.
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