quinta-feira, 30 de julho de 2020

Desemprego bate recorde com Bolsonaro

Por Altamiro Borges

O desemprego que já era alto no país – fruto da política econômica destrutiva da dupla Bolsonaro-Guedes – piorou ainda mais com a pandemia do coronavírus. Dados do Ministério da Economia apontam que o Brasil perdeu 1.198.363 de postos de trabalho com carteira assinada no primeiro semestre deste ano.

O mundo do trabalho foi tragicamente afetado pela pandemia, que já matou quase 100 mil brasileiros e também provocou o fechamento de diversas atividades econômicas no país. O saldo negativo neste primeiro semestre está na diferença entre as 6.718.276 contratações e as 7.916.639 demissões.


O falso otimismo do abutre Guedes

Ainda segundo o Ministério da Economia, apenas em junho foram fechadas 10.984 vagas com carteira, no pior resultado para o mês desde 2016. O número é pior que o registrado em junho de 2019, mas representa desaceleração no ritmo de perda de vagas em relação aos meses anteriores.

Apesar dos números trágicos do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), Bruno Bianco, o secretário "especial" do Trabalho, está feliz e bravateia que é "muito possível" que a situação melhore no “futuro”. E ainda tem panaca que acredita no otimismo do abutre Paulo Guedes e da sua equipe neoliberal.

Pelos dados do Caged, três dos cinco grupos de atividade econômica analisados tiveram queda nos empregos em junho: serviços: - 44.891 vagas; comércio: - 16.646; indústria: - 3.545. Só tiveram melhoria no nível de emprego a construção civil (+ 17.270) e a agricultura (+ 36.836 vagas).

Auxílio emergencial e os oportunistas

A situação dos trabalhadores só não é mais trágica porque o Congresso Nacional derrotou a dupla diabólica Bolsonaro-Guedes e garantiu o auxílio emergencial de R$ 600,00. Esse apoio financeiro do Estado garantiu o mínimo funcionamento do mercado interno de consumo, evitando mais desemprego e miséria.

Segundo estudo da Fundação Getúlio Vargas, a distribuição deste auxílio para metade da população fez o país registrar em junho a menor taxa de pobreza extrema em 44 anos. De maio para junho, o número de brasileiros abaixo da linha da pobreza caiu de 8,8 milhões (4,2%) para 6,9 milhões (3,3%).

Com base nos critérios da ONU, são consideradas em situação de pobreza extrema as famílias que vivem com menos de R$ 154 mensais por pessoa. A pressão social e a ação do parlamento garantiram o auxílio emergencial. O "capetão" agora tenta capitalizar o resultado, mas é puro oportunismo!

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