sexta-feira, 10 de julho de 2020

Empresários ligados ao MBL são presos em SP

Por Altamiro Borges

O site G1 informou nesta sexta-feira (10) que "empresários ligados ao MBL são presos em investigação de lavagem de dinheiro em SP". A sede do grupo – que se projetou na cruzada golpista contra Dilma Rousseff, apoiou o fascista Bolsonaro em 2018 e posava de paladino da ética – também foi alvo de buscas da polícia.

De imediato, as falanges bolsonaristas – antes aliadas dos fedelhos do Movimento Brasil Livre – festejaram a operação policial e postaram fotos e vídeos de Kim Kataguiri, Arthur 'Mamãe Falei', Renan Santos e outros líderes do MBL com os acusados pelo Ministério Público. Ficou difícil alegar que eles não tinham relações.


Lavagem de dinheiro e ocultação de patrimônio

Até por ter ajudado a projetar os meninos do MBL na mídia golpista, o G1 foi bem cauteloso na notícia: "Dois empresários ligados ao Movimento Brasil Livre foram presos em investigação contra lavagem de dinheiro, segundo o Ministério Público. A operação é realizada em parceria com a Polícia Civil e a Receita Federal".

Ainda de acordo com o site do Grupo Globo, "o MBL nega relação com presos em operação de lavagem de dinheiro e diz que afirmações do MP visam a 'macular a honra' do movimento". O G1 até deu destaque às duas notas oficiais do grupelho, que tem fortes ligações com fundações abutres dos EUA.

"Os presos Alessander Mônaco Ferreira e Carlos Augusto de Moraes (conhecido como Luciano Ayan) são investigados por lavagem de dinheiro e ocultação de patrimônio. O MP afirma que a família Ferreira dos Santos, criadora do MBL, deve cerca de R$ 400 milhões em impostos federais".

Após relatar que "a sede do movimento, na Vila Mariana, na Zona Sul de São Paulo, foi alvo de buscas", o G1 ainda abranda a denúncia ao observar que o "Ministério Público não esclarece a relação da suposta lavagem de dinheiro praticada pelos presos com dívida de R$ 400 milhões do criador do MBL".

Movimentações financeiras atípicas

A operação foi batizada de "Juno Moneta", em referência ao antigo templo romano onde as moedas eram cunhadas. Segundo o Ministério Público, Alessander Mônaco é investigado por movimentações financeiras atípicas, "além da criação de duas empresas de fachada". Ele teria feito várias doações suspeitas ao MBL.

O documento do MP ainda registra que Alessander viajou mais de 50 vezes para Brasília, entre julho de 2016 a agosto de 2018 – "para o Ministério da Educação com objetivos não especificados". O investigado também foi contratado pelo governo João Doria e trabalhou na Imprensa Oficial de São Paulo.

Já sobre Carlos Augusto, o sinistro Luciano Ayan, o MP informa que ele é investigado por ameaçar quem questionava as finanças do MBL e por disseminar "fake news". Ele também teria criado quatro empresas de fachada com indícios de movimentações financeiras incompatíveis, segundo a Receita Federal.

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