Por Altamiro Borges
Enquanto Bolsonaro se finge de "Jairzinho paz e amor" para escapar do impeachment, seus capangas seguem destilando ódio. Na semana passada, o deputado Otoni de Paula (PSC-RJ), vice-líder do governo, postou um vídeo na internet referindo-se ao ministro Alexandre de Moraes como "lixo", "canalha" e "esgoto do STF".
Diante da repercussão negativa do vídeo, o raivoso deputado bolsonarista enviou uma carta ao "mito" pedindo afastamento "temporário" da vice-liderança do governo. Segundo ele, o objetivo do pedido foi evitar maior desgaste na já desgastada relação do presidente com o Supremo Tribunal Federal.
"Fiz a carta justamente por entender o jogo político contra o presidente, porque tentariam colocar a minha fala como se estivesse representando o Planalto", alegou o bolsonarista em entrevista à Rádio Jovem Pan. O deputado já é investigado no STF no inquérito sobre a organização e o financiamento de atos fascistas.
O fantasma do impeachment
A atitude intempestiva de Otoni de Paula acabou gerando rearranjos do governo na Câmara Federal. Outros dois vice-líderes foram trocados com a desculpa de que “Jairzinho paz e amor” deseja uma relação mais harmoniosa com os parlamentares. Mas é puro medaço do processo de impeachment!
Como aponta longa matéria do jornal Valor, enquanto se traveste de conciliador e pacificador, “o presidente Jair Bolsonaro pretende delegar a prepostos, como o gabinete do ódio, blogueiros e sua base mais radical no Congresso, a tarefa de atacar para manter a militância acesa”. A manobra é rasteira.
Ela visa “espantar de vez o fantasma do impeachment. Segundo interlocutores do presidente e fontes do Palácio do Planalto com quem o Valor conversou nos últimos dias, Bolsonaro parece haver compreendido após um ano e meio no cargo que precisa de diálogo e composição para tocar sua agenda conservadora”.
O instinto do fascistoide
“Ao mesmo tempo em que adota uma postura mais leve, Bolsonaro sabe que é preciso contemplar sua base mais fiel. Nesse sentido, além dos deputados bolsonaristas, a criação do Aliança, seu novo partido, deve agregar a base mais radical e conservadora. Ataques, quando necessários, partirão desses setores”.
O jornal dedicado à cloaca empresarial conclui, porém, que a manobra do “capetão” pode não surtir efeito e menciona a desconfiança do presidente da Câmara Federal:
“Entre aliados de Maia, prevalece a percepção de que é preciso ‘ter um pé atrás’, já que o presidente acenou para pacificação com os outros Poderes em outras oportunidades, mas depois retomou os ataques. “Também no Palácio do Planalto, ninguém é capaz de cravar que a mudança de comportamento do presidente será definitiva. ‘Atacar é o instinto dele’, diz uma fonte. ‘É difícil dizer quanto tempo isso vai durar’”.
Enquanto Bolsonaro se finge de "Jairzinho paz e amor" para escapar do impeachment, seus capangas seguem destilando ódio. Na semana passada, o deputado Otoni de Paula (PSC-RJ), vice-líder do governo, postou um vídeo na internet referindo-se ao ministro Alexandre de Moraes como "lixo", "canalha" e "esgoto do STF".
Diante da repercussão negativa do vídeo, o raivoso deputado bolsonarista enviou uma carta ao "mito" pedindo afastamento "temporário" da vice-liderança do governo. Segundo ele, o objetivo do pedido foi evitar maior desgaste na já desgastada relação do presidente com o Supremo Tribunal Federal.
"Fiz a carta justamente por entender o jogo político contra o presidente, porque tentariam colocar a minha fala como se estivesse representando o Planalto", alegou o bolsonarista em entrevista à Rádio Jovem Pan. O deputado já é investigado no STF no inquérito sobre a organização e o financiamento de atos fascistas.
O fantasma do impeachment
A atitude intempestiva de Otoni de Paula acabou gerando rearranjos do governo na Câmara Federal. Outros dois vice-líderes foram trocados com a desculpa de que “Jairzinho paz e amor” deseja uma relação mais harmoniosa com os parlamentares. Mas é puro medaço do processo de impeachment!
Como aponta longa matéria do jornal Valor, enquanto se traveste de conciliador e pacificador, “o presidente Jair Bolsonaro pretende delegar a prepostos, como o gabinete do ódio, blogueiros e sua base mais radical no Congresso, a tarefa de atacar para manter a militância acesa”. A manobra é rasteira.
Ela visa “espantar de vez o fantasma do impeachment. Segundo interlocutores do presidente e fontes do Palácio do Planalto com quem o Valor conversou nos últimos dias, Bolsonaro parece haver compreendido após um ano e meio no cargo que precisa de diálogo e composição para tocar sua agenda conservadora”.
O instinto do fascistoide
“Ao mesmo tempo em que adota uma postura mais leve, Bolsonaro sabe que é preciso contemplar sua base mais fiel. Nesse sentido, além dos deputados bolsonaristas, a criação do Aliança, seu novo partido, deve agregar a base mais radical e conservadora. Ataques, quando necessários, partirão desses setores”.
O jornal dedicado à cloaca empresarial conclui, porém, que a manobra do “capetão” pode não surtir efeito e menciona a desconfiança do presidente da Câmara Federal:
“Entre aliados de Maia, prevalece a percepção de que é preciso ‘ter um pé atrás’, já que o presidente acenou para pacificação com os outros Poderes em outras oportunidades, mas depois retomou os ataques. “Também no Palácio do Planalto, ninguém é capaz de cravar que a mudança de comportamento do presidente será definitiva. ‘Atacar é o instinto dele’, diz uma fonte. ‘É difícil dizer quanto tempo isso vai durar’”.
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