Por Altamiro Borges
Os bolsominions são otários e acreditam em fake news. Em maio de 2018, o general Augusto Heleno cantarolou na convenção do PSL que homologou a candidatura de Jair Bolsonaro: "Se gritar pega Centrão, não fica um meu irmão". Já nesta quarta-feira (19), o milico velhaco estava todo faceiro em uma comilança com os fisiológicos do Centrão.
Segundo a Folha, o almoço no Palácio do Planalto reuniu 22 deputados e sete ministros - incluindo o general canastrão. O evento serviu para "coroar a aliança com o Centrão na tentativa de montar uma base mínima de apoio no Congresso" para evitar qualquer chance de abertura de processo de impeachment.
"O convescote, à base de comida mineira, teve a presença de cerca de 40 pessoas, entre elas dois filhos do presidente, o senador Flávio e o deputado Eduardo, e o ministro Augusto Heleno (GSI), que na eleição chegou a associar o termo 'ladrão' ao centrão", descreveu com ironia o jornal.
Ainda segundo a Folha, "o presidente do PP, senador Ciro Nogueira, postou foto ao lado de Bolsonaro e de outros deputados da legenda, entre eles Arthur Lira. Os dois são alvo de denúncia por chefiar o chamado 'quadrilhão do PP' em um esquema de desvio de recursos públicos da Petrobras".
O jornal ainda descreve que “segundo participantes do encontro desta quarta, o almoço transcorreu em um clima de confraternização, sem discursos políticos. É a primeira vez que Bolsonaro reúne o Centrão após sua reclusão em decorrência do anúncio de que havia sido infectado pela Covid-19”.
“A aproximação faz parte de uma movimentação em que Bolsonaro baixou o tom de ataques a congressistas e ao Judiciário, reduzindo bastante o número de atritos criados com o mundo político. Essa inflexão coincidiu com a prisão de seu amigo de longa data Fabrício Queiroz, ex-assessor de seu filho Flávio e pivô do escândalo da ‘rachadinha’ na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro”.
O almoço reuniu parlamentares do PSD, DEM, MDB, PTB, PL, PP, PSL, PSDB, Podemos e Republicanos – além do general canastrão. “Ele serviu para selar politicamente a passagem da liderança do governo na Câmara das mãos do deputado Major Vitor Hugo (PSL-GO) para Ricardo Barros (PP-PR), ministro de Michel Temer, nome escolhido pelo Centrão”.
Os bolsominions são otários e acreditam em fake news. Em maio de 2018, o general Augusto Heleno cantarolou na convenção do PSL que homologou a candidatura de Jair Bolsonaro: "Se gritar pega Centrão, não fica um meu irmão". Já nesta quarta-feira (19), o milico velhaco estava todo faceiro em uma comilança com os fisiológicos do Centrão.
Segundo a Folha, o almoço no Palácio do Planalto reuniu 22 deputados e sete ministros - incluindo o general canastrão. O evento serviu para "coroar a aliança com o Centrão na tentativa de montar uma base mínima de apoio no Congresso" para evitar qualquer chance de abertura de processo de impeachment.
"O convescote, à base de comida mineira, teve a presença de cerca de 40 pessoas, entre elas dois filhos do presidente, o senador Flávio e o deputado Eduardo, e o ministro Augusto Heleno (GSI), que na eleição chegou a associar o termo 'ladrão' ao centrão", descreveu com ironia o jornal.
Ainda segundo a Folha, "o presidente do PP, senador Ciro Nogueira, postou foto ao lado de Bolsonaro e de outros deputados da legenda, entre eles Arthur Lira. Os dois são alvo de denúncia por chefiar o chamado 'quadrilhão do PP' em um esquema de desvio de recursos públicos da Petrobras".
O jornal ainda descreve que “segundo participantes do encontro desta quarta, o almoço transcorreu em um clima de confraternização, sem discursos políticos. É a primeira vez que Bolsonaro reúne o Centrão após sua reclusão em decorrência do anúncio de que havia sido infectado pela Covid-19”.
“A aproximação faz parte de uma movimentação em que Bolsonaro baixou o tom de ataques a congressistas e ao Judiciário, reduzindo bastante o número de atritos criados com o mundo político. Essa inflexão coincidiu com a prisão de seu amigo de longa data Fabrício Queiroz, ex-assessor de seu filho Flávio e pivô do escândalo da ‘rachadinha’ na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro”.
O almoço reuniu parlamentares do PSD, DEM, MDB, PTB, PL, PP, PSL, PSDB, Podemos e Republicanos – além do general canastrão. “Ele serviu para selar politicamente a passagem da liderança do governo na Câmara das mãos do deputado Major Vitor Hugo (PSL-GO) para Ricardo Barros (PP-PR), ministro de Michel Temer, nome escolhido pelo Centrão”.
Tempos sombrios para o conjunto de partidos, correntes e indivíduos que se contam no campo da esquerda. Há muito tempo, me afastei da militância partidária por não concordar com o acento que a luta institucional passou a ter. Há mais tempo ainda, recusei um convite para ser assessor parlamentar por achar que esse tipo de atividade não condizia com minha vocação para viver no meio da gente simples, ajudando-a a elevar sua consciência politica. Os momentos mais agradáveis de minha militância política, aqueles que me deram a sensação de estar realmente fazendo algo capaz de mudar radicalmente a sociedade, foram os que me colocaram em comunidades como o morro do Dendê, Vila Aliança ou Rocinha, no Rio, ou a comunidade do Taquaril, em BHTE. Nesses lugare eu me apresentava não para cambalar votos, como cabo eleitoral de algum fulano, mas com a esperança de recrutar homens do povo, homens comuns, para lutar pelo socialismo, como um objetivo que pode ser conquistado em futuro próximo, desde que por ele se lute de fato. Essa inversão da relação entre a luta institucional e a não institucional sempre soube que seria deletéria para a luta em defesa do socialismo, que se transformou em pura formalidade, defesa de uma utopia que não mais se cria. Quando a luta pelas reformas através de decretos presidenciais ou propostas de emendas parlamentares passam a ser o objetivo final, capitula-se para a tese fajuta da direita de que não há melhor sistema político que essa democracia de fachada,desenhada para ser controlada por esquemas políticos que configuram articulações como o "Centrão", bancadas evangélicas, bancadas da bala, bancadas do boi e a bancada da plutocracia financeira, a maior de todas elas, que somente aparece na hora decisiva de votar projetos como a Reforma da Previdência ou impeachment de presidentes que não lhe agradam completamente. Um mandato parlamentar a serviço do povo não deveria ser medido principalmente pelo número de projetos de lei propostas e/ou aprovadas. Deveria ser considerado em relação a eficiência que teve para despertar a consciência política dos de baixo, produzindo incrementos na mobilização e organização popular. Fosse essa a relação orgânica dos partidos de esquerda com os trabalhadores e o povo, nenhum golpe contra a democracia seria viável, mas, ao contrário, a democracia de fachada é que se inviabilizaria face a demanda por uma democracia participativa clamada pela luta popular.
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