Por Bepe Damasco, em seu blog:
Até o FMI e o Banco Mundial passaram a defender o combate à desigualdade como fator essencial para a economia do planeta voltar a crescer, gerando emprego e renda.
Economistas neoliberais, como o brasileiro Armínio Fraga, acadêmicos, políticos e jornalistas especializados em economia dos principais veículos de informação do exterior apontam a renda básica universal como uma das principais saídas para a retomada gradual da normalidade no período pós-pandemia.
O fortalecimento do setor público é visto como ação política e administrativa inadiável por amplas parcelas da opinião pública mundial.
No Brasil, com todas as dificuldades causadas por um subfinanciamento crônico, agravado pelo garrote do teto de gastos, o Sistema Único de Saúde se destaca no enfrentamento da covid-19.
Sem o SUS, dá para cravar que o estrago causado pela pandemia do coronavírus seria dez vezes maior entre nós.
Em muitos países verifica-se um nítido movimento no sentido de taxar a propriedade, a renda e a riqueza, bem como de tributar lucros, dividendos, heranças, doações e fortunas.
E no Brasil?
Ah, o Brasil. Por aqui errou feio quem, assim que a pandemia se revelou a maior tragédia de saúde em cem anos, previu o amolecimento do coração dos donos do dinheiro e seus apoiadores na mídia oligopolizada.
Sobre uma montanha de mais de 125 mil mortos, eles seguem a pregar a blitzkrieg ultraneoliberal, inclusive com seu aprofundamento para compensar o “tempo perdido.”
Não importa se a calamidade pública decretada em razão da pandemia tenha desmoralizado dogmas do mercado feitos sob medida para causar o sofrimento do povo, como o famigerado teto de gastos.
Ficou mais do que provada a tese desenvolvimentista abraçada pela esquerda, segundo a qual colocar o orçamento público para socorrer as pessoas que mais precisam é uma questão de vontade política. Os governos do PT que o digam.
O ódio devotado aos menos favorecidos faz com que a elite brasileira veja o erário como um mero instrumento de multiplicação dos ganhos dos rentistas e das grandes corporações empresariais.
Um mínimo de sensibilidade social, empatia e compaixão pela dor alheia seriam suficientes para inibir a retomada da ofensiva da burguesia para pilhar o Estado brasileiro.
Mas não é o que acontece.
Em vez de investimento público maciço em áreas geradoras de emprego, salário mínimo rebaixado; em vez de valorização da atuação dos servidores públicos, reforma administrativa para manietá-los e demiti-los; em vez de renda básica universal, apropriação eleitoreira de programas do PT; em vez de aposta nos bancos públicos e estatais como molas propulsoras do desenvolvimento, privatização selvagem.
Só mesmo uma revolução social e democrática para derrotar esses predadores do presente e exterminadores do futuro do país.
Sonho de uma noite de inverno.
Até o FMI e o Banco Mundial passaram a defender o combate à desigualdade como fator essencial para a economia do planeta voltar a crescer, gerando emprego e renda.
Economistas neoliberais, como o brasileiro Armínio Fraga, acadêmicos, políticos e jornalistas especializados em economia dos principais veículos de informação do exterior apontam a renda básica universal como uma das principais saídas para a retomada gradual da normalidade no período pós-pandemia.
O fortalecimento do setor público é visto como ação política e administrativa inadiável por amplas parcelas da opinião pública mundial.
No Brasil, com todas as dificuldades causadas por um subfinanciamento crônico, agravado pelo garrote do teto de gastos, o Sistema Único de Saúde se destaca no enfrentamento da covid-19.
Sem o SUS, dá para cravar que o estrago causado pela pandemia do coronavírus seria dez vezes maior entre nós.
Em muitos países verifica-se um nítido movimento no sentido de taxar a propriedade, a renda e a riqueza, bem como de tributar lucros, dividendos, heranças, doações e fortunas.
E no Brasil?
Ah, o Brasil. Por aqui errou feio quem, assim que a pandemia se revelou a maior tragédia de saúde em cem anos, previu o amolecimento do coração dos donos do dinheiro e seus apoiadores na mídia oligopolizada.
Sobre uma montanha de mais de 125 mil mortos, eles seguem a pregar a blitzkrieg ultraneoliberal, inclusive com seu aprofundamento para compensar o “tempo perdido.”
Não importa se a calamidade pública decretada em razão da pandemia tenha desmoralizado dogmas do mercado feitos sob medida para causar o sofrimento do povo, como o famigerado teto de gastos.
Ficou mais do que provada a tese desenvolvimentista abraçada pela esquerda, segundo a qual colocar o orçamento público para socorrer as pessoas que mais precisam é uma questão de vontade política. Os governos do PT que o digam.
O ódio devotado aos menos favorecidos faz com que a elite brasileira veja o erário como um mero instrumento de multiplicação dos ganhos dos rentistas e das grandes corporações empresariais.
Um mínimo de sensibilidade social, empatia e compaixão pela dor alheia seriam suficientes para inibir a retomada da ofensiva da burguesia para pilhar o Estado brasileiro.
Mas não é o que acontece.
Em vez de investimento público maciço em áreas geradoras de emprego, salário mínimo rebaixado; em vez de valorização da atuação dos servidores públicos, reforma administrativa para manietá-los e demiti-los; em vez de renda básica universal, apropriação eleitoreira de programas do PT; em vez de aposta nos bancos públicos e estatais como molas propulsoras do desenvolvimento, privatização selvagem.
Só mesmo uma revolução social e democrática para derrotar esses predadores do presente e exterminadores do futuro do país.
Sonho de uma noite de inverno.
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