Por Altamiro Borges
Talvez na ânsia de agradar o presidente da República e a horda bolsonarista, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pisou feio na bola ao nomear Alexandre Garcia como "embaixador" da campanha contra fake news nas eleições municipais. O jornalista é um famoso difusor de fake news na mídia.
Ele é a própria expressão da mentira no jornalismo, já que foi assessor de imprensa do general João Baptista Figueiredo – o último presidente da ditadura militar que censurou, prendeu, torturou e matou jornalistas. Na sequência, na TV Globo, ele virou porta-voz das forças direitistas e das posições mais retrógradas no país.
Como bolsonarista convicto, Alexandre Garcia recentemente deixou a TV Globo e ingressou na CNN-Brasil. Os seus comentários alimentam fake news e excitam as hordas fascistas. Seguindo caninamente o “capetão”, ele virou garoto propaganda da cloroquina, remédio sem comprovação científica no combate à Covid-19.
TSE vira piada nas redes sociais
A indicação do TSE do jornalista como "embaixador" da campanha #EuVotoSemFake virou motivo de piada nas redes sociais. De imediato, os internautas lembraram a sua defesa patética da cloroquina na CNN e também as suas ligações carnais com Jair Bolsonaro, que chegou a cogitá-lo para um cargo no seu laranjal.
Diante das críticas ácidas e hilárias, o presidente do TSE, o midiático e vaidoso Luís Roberto Barroso, afirmou que "qualquer pessoa pode ser embaixadora do movimento #EuVotoSemFake". A desculpa esfarrapada, porém, não reduziu as ironias dos internautas à escolha do difusor de mentiras Alexandre Garcia.
As fake news de Diogo Mainardi
Ainda sobre fake news, vale um registro. Mônica Bergamo relata que "o Tribunal de Justiça do Espírito Santo condenou a revista Veja e o jornalista Diogo Mainardi a pagarem indenização de R$ 70 mil ao ex-diretor da Agência Nacional de Petróleo Victor Martins". Como se nota, fake news não é exclusividade das redes sociais.
O motivo da condenação é que o difusor de mentiras Diogo Mainardi publicou na revista do esgoto, em 2009, uma acusação de que o ex-diretor da ANP estaria metido em desvio de royalties da Petrobras. A coluna era baseada em informações falsas, em fake news – conforme argumentou a defesa de Victor Martins.
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