Editorial do site Vermelho:
As disputas eleitorais do segundo turno das eleições municipais deste ano são uma importante oportunidade para impor mais derrotas ao bolsonarismo. Para tanto, será necessária uma ampla unidade democrática. São 57 cidades, sendo 18 capitais, número que corresponde a 60% do total de 95 municípios com mais de 200 mil eleitores, o limite mínimo para uma segunda rodada de votação.
Fortaleza, Aracaju, Rio de Janeiro, Belém e Vitória são capitais em que o bolsonarismo se apresenta de maneira explícita. Na capital cearense, o campo democrático conta com Sarto Nogueira (PDT) contra o Capitão Wagner (Pros). Na capital sergipana, o campo democrático enfrenta Danielle Garcia (Cidadania) com Edvaldo Nogueira (PDT). No Rio de Janeiro, o desafio está a cargo de Eduardo Paes (DEM), contra Marcelo Crivella (Republicanos). Em Belém, o campo democrático apoia Edmilson Rodrigues (PSOL), que enfrenta o Delegado Eguchi (Patriota). E em Vitória, a tarefa de combater o bolsonarismo cabe a João Coser (PT), contra o Delegado Pazolini (Republicanos).
Há ainda confrontos importantes como o de São Luis, Maranhão, onde o governador Flávio Dino (PCdoB) e demais forças democráticas estão empenhados em derrotar o candidato Eduardo Braide (Podemos), representante da direita e da oligarquia local, com o candidato Duarte Júnior (Republicanos). Assim como São Paulo, com a candidatura de Guilherme Boulos (PSOL) enfrentando Bruno Covas (PSDB).
Cumpre destacar que o bolsonarismo já sofreu derrotas fragorosas, como a de São Paulo, onde seu candidato, Celso Russomanno (Repúblicanos), obteve um resultado bem abaixo do índice ostentado no início da campanha eleitoral. Com unidade e a constituição de amplas alianças é possível repetir o feito em muitas outras cidades.
Do mesmo modo, é possível formar amplos e unitários movimentos para enfrentar a direita neoliberal, como o movimento que está se formando em São Paulo com o apoio ao candidato Guilherme Boulos. Além de partidos políticos do espectro mais democrático, movimentos populares e personalidades tendem a convergir para formar uma forte manifestação de apoio contra o candidato tucano.
O mesmo vem acontecendo em Porto Alegre, onde Manuela d’Ávila (PCdoB) enfrenta Sebastião Melo (MDB). Os campos estão bem delimitados na capital gaúcha. Explícita ou implicitamente, a direita e a extrema direta assumiram a campanha do emedebista. Será uma batalha de grande envergadura, uma espécie de síntese do embate que se trava no país na busca de novos rumos, tendo o bolsonrismo como o alvo principal a ser isolado e derrotado.
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