terça-feira, 10 de novembro de 2020

As baixarias na reta final das eleições

Por Altamiro Borges
 

De nada adiantou o apoio de Jair Bolsonaro, da Record e da Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd). O frágil Celso Russomanno desintegrou de vez e tende a ficar de fora do segundo turno. Entre a primeira pesquisa Ibope e a divulgada nesta segunda-feira (9), o bravateiro midiático caiu de 26% para 12% das intenções de voto.

O líder popular Guilherme Boulos (PSOL) ultrapassou o bolsonarista e aumentou as chances de ir ao segundo turno. Na foto do Ibope, o tucano Bruno Covas está com 32%; Boulos com 13%; Russomanno despencou para 12%; Márcio França (PSB) aparece com 10%; e Jilmar Tatto (PT) tem 6%. O jogo ainda está indefinido.

Pelos programas de rádio e TV no horário eleitoral “gratuito” e pelos disparos de mensagens no WhatsApp e nas redes sociais, a campanha do bolsonarista Celso Russomanno decidiu apelar para as fake new e baixarias contra Guilherme Boulos. A artilharia é concentrada, pesada e suja e deve piorar nos próximos dias.   

Crivella e as hordas fascistas

Já no Rio de Janeiro, a disputa para definir quem irá ao segundo turno, contra o ex-prefeito Eduardo Paes (DEM), está encarniçada. Segundo o Ibope, o demo tem 33% das intenções de voto; o bolsonarista Crivella afundou de vez e surge com 15%; Martha Rocha (PDT) tem 14%; e Benedita Silva (PT) surge com 9%.

Os últimos dias de campanha serão tensos. Bolsonaro e dois filhotes são da capital carioca e adoram fake news. Carluxo, o pimpolho 02, inclusive é apontado como chefe do 'gabinete do ódio'. A Iurd também tem um exército de pastores e fiéis seguidores. Haja baixaria contra as adversárias de Crivella.

Eleição é sempre uma incógnita. Ainda mais esta, em plena pandemia do vírus e pandemônio do verme. No caso de São Paulo e Rio de Janeiro, porém, algumas tendências aparecem. O bolsonarismo deve ser derrotado; a tal centro-direita ressuscitará; já a esquerda dependerá de muita inteligência política.

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