Por Altamiro Borges
Os fascistas seguem espalhando fake news e promovendo ódio –
principalmente a misoginia – na campanha para a prefeitura de Porto Alegre. Só
nesta semana, o Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul (TRE-RS)
derrubou mais 70 mil compartilhamentos de notícias falsas contra a candidata
Manuela D'Ávila (PCdoB).
A decisão contra as mentiras difundidas pelas milícias
digitais de Sebastião Melo, o candidato que juntou no segundo turno o que há de
pior na política gaúcha, foi assinada pelo juiz Leandro Figueira Martins. Ele
deu 24 horas para que as plataformas retirassem as postagens do ar. A guerra
suja, porém, prosseguiu!
Segundo notinha da Folha, que parece preferir não dar muito destaque às fake news contra Manuela D'Ávila, a onda de mentiras bate recordes em Porto Alegre. "Com as novas quedas, já são 600 mil compartilhamentos de notícias falsas derrubadas durante a campanha da candidata", relata timidamente o jornal.
Candidato da direita é blindado pela mídia
Além das fake news asquerosas e da cruzada de ódio fascista
e misógino, Manuela D'Ávila, a candidata das forças progressistas em Porto
Alegre, ainda é vítima da blindagem que a mídia promove para defender o representante
da cloaca burguesa gaúcha e dos bolsonaristas no segundo turno. O jogo é pesado
e sujo.
Nesta semana, uma nota minúscula foi postada no site da
Veja: "Candidato invoca situação de pobreza para não pagar dívida. Receita
Federal cobra R$ 122 mil de Imposto de Renda de Sebastião Melo, postulante a
prefeito de Porto Alegre". O caso não foi destaque no Jornal Nacional da
TV Globo nem nas emissoras locais!
O calote é antigo, mas sempre foi abafado. Em 2013, o
candidato da direita gaúcha foi autuado pela Receita Federal. “Processado, ele
foi condenado a pagar 122 mil reais em dezembro do mesmo ano. Recentemente, o
litígio que se arrasta até hoje ganhou um ingrediente inusitado”, descreve a
notinha.
A falsidade do candidato "pobre"
“Inscrito na dívida ativa da União, Sebastião recorreu à Justiça, argumentando que tem situação financeira precária – em outras palavras, que está pobre e não tem condições de arcar com as despesas do processo. Em julho passado, o deputado pediu que lhe fosse concedido o benefício da gratuidade – que é concedido para pessoas em casos de ‘hipossuficiência financeira’, ou seja, para quem não tem recursos”.
O pedido foi indeferido pela Justiça. “Ao processo, foi
anexado um documento que mostrava exatamente o contrário – o holerite do
deputado na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, onde consta vencimento
que soma 25,3 mil mensais. Como observou o juiz, pobre, ele não é”.
Haja cinismo do candidato das forças conservadoras e
direitistas de Porto Alegre!
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