Olavo de Carvalho e Augusto Nunes na berlinda

Por Altamiro Borges

O filósofo de orifícios Olavo de Carvalho, guru do clã Bolsonaro, insiste em não pagar as suas dívidas. Segundo o site UOL, ele "recorreu na Justiça contra a decisão que determinou o pagamento de R$ 2,9 milhões ao cantor e compositor Caetano Veloso e por isso ainda não depositou os valores determinados".

Em outubro, a juíza Renata Castro, da 50ª Vara Cível do Rio de Janeiro, condenou o fascista a pagar o valor em até 15 dias pelo descumprimento de liminar que ordenou a exclusão de postagens que associavam o artista a atos de pedofilia. As fake news foram postadas por Olavo de Carvalho em 2017.

"Intime-se a parte ré [Olavo de Carvalho], (...) para pagar, no prazo de quinze dias, o valor apresentado pelo exequente em sua planilha, alertando-o de que não ocorrendo o pagamento voluntário haverá acréscimo de multa de 10%", determinou a juíza em sua sentença.

Em setembro do ano passado, a Justiça já havia condenado o astrólogo da Virgínia a pagar a Caetano Veloso uma multa de R$ 40 mil por danos morais. A indenização, cujo valor corrigido está hoje em R$ 65.966,78, foi paga judicialmente em agosto, mas o mentor “intelectual” da famiglia Bolsonaro ainda recorre do valor.

Rádio Ku Klux Pan

Além de Olavo de Carvalho, outro bolsonarista punido por suas mentiras foi Augusto Nunes. O comentarista da rádio Jovem Pan – também chamada de rádio Ku Klux Pan – foi condenado pela Justiça a pagar R$ 12 mil de indenização a Guilherme Boulos, candidato a prefeito do PSOL na capital paulista.

Essa é a segunda condenação que o jornalista hidrófobo sofre pelo mesmo motivo. A primeira foi de R$ 19 mil. Em 16 de agosto de 2019, Augusto Nunes chamou Guilherme Boulos de "gigolô de sem teto", expressão que já havia lhe rendido decisão contrária em primeira instância no ano anterior.

Segundo a sentença da juíza Luciana Pagano, "[Nunes] poderia ter manifestado opinião absolutamente contrária [a Boulos], ainda que de forma áspera, mas sem necessidade de utilizar um termo ofensivo". Para Guilherme Boulos, o serviçal da Jovem Pan não faz jornalismo, mas só "destila ódio" nos seus programas.