Neste curto e inflamado ensaio, o economista Pierre Salama aponta, apoiando-se em pesquisas e dados, alguns caminhos para entendermos qual é a força dos evangélicos neopentecostais no Brasil hoje. “Quem são os evangélicos? A quais categorias sociais eles pertencem? Qual o nível de escolaridade deles? Quais valores mais compartilham? São sensíveis ao discurso de retomada do trabalho, independentemente da evolução da pandemia?”, questiona o autor.
Para Salama, é imprescindível avaliar a ascensão do neopentecostalismo brasileiro sem tirar do horizonte fatores como a crise econômica, social e política acentuada pela pandemia de covid-19. O economista traz respostas à inquietante pergunta: o fenômeno evangélico pode reforçar ainda mais a emergência do populismo de extrema direita pós-Bolsonaro?.
Pandemia Capital é uma série especial de obras digitais curtas, objetivas e com preços acessíveis, que aborda a crise atual, agravada pelo novo coronavírus, e suas implicações na sociedade, na psicologia e na economia. Os direitos autorais das obras serão revertidos para movimentos sociais e organizações dedicadas a oferecer apoio humanitário a populações em situação de emergência no Brasil e no mundo.
Trecho
“Poderiam o fortalecimento das correntes evangélicas e a relativa incapacidade dos governos em superar os problemas colocados por essa crise e pela pandemia constituir um perigo para uma jovem democracia, fragilizada pela chegada ao poder de Jair Bolsonaro e pelo crescimento das igrejas evangélicas conservadoras e fundamentalistas?”.
Ficha técnica
Título: Evangélicos e pandemia
Autor: Pierre Salama
Tradução: Ricardo Festi
Prefácio: Pastor Henrique Vieira
Capa: Flávia Bomfim e Maguma
Páginas: 49
Preço: R$12,00
ISBN: 978-65-5717-036-6
Coleção: Pandemia Capital
Ano de lançamento: 2020
Editora: Boitempo
Disponível a partir de: 11 de novembro de 2020
Sobre o autor
Pierre Salama, economista especializado em América Latina, é professor da Universidade de Paris-13 e diretor do Grupo de Pesquisa sobre Estado, Internacionalização de Técnicas e Desenvolvimento. Sua obra tem se voltado, desde os anos 1960, para a apreensão dos principais movimentos do capital e das relações de trabalho. Pela Boitempo publicou Pobreza e exploração do trabalho na América Latina (1999).
Sobre a Boitempo
A Boitempo foi fundada em 1995, por Ivana Jinkings. Com 24 anos de existência, consolidou-se produzindo livros de qualidade, com opções editoriais claras. Obras de alguns dos mais influentes pensadores nacionais e internacionais compõem um catálogo que conta com nomes como Karl Marx, Friedrich Engels, David Harvey, Angela Davis, Maria Rita Kehl, Ricardo Antunes, Leonardo Padura, György Lukács, Antonio Gramsci, Slavoj Žižek, entre muitos outros. O nome da editora – inspirado em um poema de Carlos Drummond de Andrade – é uma homenagem ao maior poeta brasileiro e também ao criador da primeira Boitempo, o dirigente comunista Raimundo Jinkings, pai de Ivana.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comente: