domingo, 21 de junho de 2020

Após humilhação, Regina Duarte é processada

Por Altamiro Borges

A "namoradinha do fascista", que foi humilhada e defenestrada por Jair Bolsonaro da Secretaria Especial da Cultura – mas que será encaixada em breve em outro carguinho com um bom provento –, agora é alvo de uma nova ação na Justiça. Segundo a revista CartaCapital, "Regina Duarte é processada por apologia à ditadura militar".

O processo foi aberto por Lygia Jobim, filha do ex-embaixador José Jobim, morto durante o regime militar. O documento tem 25 páginas e traz vários trechos da entrevista de Regina Duarte à CNN-Brasil em maio. Na ocasião, a ex-atriz global vomitou que "sempre houve tortura, não quero arrastar um cemitério".


Centrão já ameaça abandonar Bolsonaro

Por Altamiro Borges

Não são apenas os generais que sentiram o baque com a prisão de Fabrício Queiroz, o operador da famiglia Bolsonaro. Mônica Bergamo destaca na Folha: "Defender Bolsonaro ficou mais difícil após advogado abrigar Queiroz, avaliam líderes do Centrão”. Ou seja: os profissionais do fisiologismo também estão incomodados!

Segundo a notinha, "os líderes do Centrão ficaram assustados com o que consideram irresponsabilidade de se abrigar Fabrício Queiroz na casa de Frederick Wassef, advogado da família de Jair Bolsonaro". O nível de imbecilidade de Bolsonaro, dos seus filhotes e dos seus milicianos assusta os políticos da direita tradicional.

Bolsonaristas atacam acordos pró-Bolsonaro

Por Fernando Brito, em seu blog:

As falanges bolsonaristas estão em polvorosa com as supostas tentativa de acordo político entre o presidente e o Supremo, algo, de resto, improvável a esta altura.

Nas redes sociais, hoje, fizeram “subir” a hashtag #ForaMendonca, pedindo a demissão do Ministro da Justiça e a do secretário-geral da Presidência, Jorge Oliveira, um antigo servidor dos Bolsonaro.

Os dois são exibidos em montagens depreciativas, como a que reproduzo acima.

O motivo, claro, é ambos se pretenderem emissários presidenciais para um acordo com o Tribunal que, há duas semanas, tinha seu fechamento pedido em manifestação com o próprio Bolsonaro.

O que a mídia finge não ver no caso Queiroz

Por Bepe Damasco, em seu blog:

1) O verdadeiro amigo do peito de Queiroz não é o senador Flávio Bolsonaro, mas sim o presidente Jair. Foi o pai quem apresentou Queiroz ao filho. Além de ocupar, junto com sua mãe, cargo comissionado no gabinete do então deputado na Alerj, a filha de Queiroz também foi nomeada por Bolsonaro para função de confiança na Câmara dos Deputados. O cheque depositado por Queiroz na conta da primeira-dama Michele diz muito sobre o grau de intimidade entre o miliciano e o presidente.

Impeachment de Bolsonaro; cassação de Flávio

Por Jeferson Miola, em seu blog:

As instituições não “funcionam normalmente” com o Congresso Nacional escondido na quarentena para não enfrentar os temas cruciais e urgentes da conjuntura política.

No contexto da epidemia, o Congresso tem sido um verdadeiro “leão” para defender e operar os interesses da classe dominante e do capital. Neste período, o parlamento aprovou projetos prejudiciais à soberania e à economia do país e contrários aos interesses dos trabalhadores – como a MP 936, a privatização do saneamento, o auxílio trilionário a banqueiros etc.

Caiu Weintraub, o pior ministro da Educação

Por Ana Julia Ribeiro, no jornal Brasil de Fato:

Estamos já nos acostumando, mas quebrando o que é quase regra no governo Bolsonaro, dessa vez a confusão não foi numa sexta-feira, mas sim na quinta-feira dia (18). Rolou a prisão do Queiroz, portaria racista e demissão do Abraham Weintraub, o pior ministro da Educação que o Brasil já teve.

Por sua notável perversidade, Weintraub, não poderia sair do Ministério da Educação (MEC) sem antes cometer mais uma de suas barbaridades contra as politicais educacionais de caráter afirmativas e equitativas. Assim, o ex-ministro revogou a Portaria Normativa nº 13 de 2016, que estabelecia a política de cotas para negros, indígenas e pessoas com deficiência nos cursos de pós-graduação.

Impeachment é ameaça concreta a Bolsonaro

Por Eduardo Maretti, na Rede Brasil Atual:

A pior semana para o presidente Jair Bolsonaro desde sua posse chega ao fim nesta sexta-feira (19) com uma soma de fatos devastadora para o mandatário que se elegeu como representante da antipolítica tradicional. Tendo de se render ao Centrão para tentar afastar um processo de impeachment, Bolsonaro viu sua discípula Sara Winter ser presa na segunda-feira (15), aliados serem devassados por ações de busca e apreensão. Também recebeu a notícia de que 11 parlamentares de seu séquito tiveram sigilos quebrados pelo Supremo Tribunal Federal, que também nesta semana formou maioria a favor da validade do inquérito das fake news – um tema com potencial para cassar a chapa que o elegeu, ao lado do general Hamilton Mourão.

37 milhões estão sem empregos no Brasil

Por Clemente Ganz Lúcio, no site Vermelho:

Novas pesquisas passam a mensurar os impactos da crise sanitária sobre o mundo do trabalho. A PNAD COVID19, produzida pelo IBGE a partir de maio, traz indicadores sobre saúde e sobre o mercado de trabalho[1]. Neste artigo vamos destacar alguns números relativos ao mundo do trabalho.

Em maio o IBGE estimou em 170 milhões a população em idade de trabalhar, das quais 95,3 milhões ou estavam ocupadas (84,4 milhões) ou desempregadas (10,9 milhões). O contingente desocupado aumentou em mais de 1 milhão entre a primeira e a quarta semana de maio, assim como cresceu 1,5 milhões o número de pessoas que passaram a integrar a força de trabalho. A maioria que chega no mercado de trabalho não acha emprego. A taxa de participação está em 56% e indica uma baixa pressão na procura, se considerado que a taxa normalmente tende a estar a acima de 60%. Menos da metade da população (49,7%) em idade de trabalhar estava ocupada. Um mercado de trabalho anêmico em sintonia com a grave situação.

A política de frente para derrotar Bolsonaro

Por Roberto Amaral, em seu blog:

A Frente Ampla necessária para a defesa da democracia não é um produto ideológico, assim desapartado da realidade, muito menos relíquia doutrinária: trata-se de imperativo da necessidade histórica, e resulta das condições objetivas em que se trava a luta política de nossos dias. É, portanto, um ditado da correlação de forças presente, que põe na defensiva as forças populares e democráticas brasileiras. Eis por que, mantidas as condições atuais, propor a “frente de esquerda” como instrumento prioritário de ação só contribuirá para nos desviar da tarefa imediata de hoje: unir as forças democráticas que se opõem ao projeto bolsonarista. Esse desvio de rota mais dificulta ao invés de facilitar a unidade, enfraquece ao invés de nos fortalecer na luta, e por fim desagrega quando precisamos unir e ampliar. Ao fim e ao cabo, termina por levar mais água para as rodas do moinho da reação, já tão forte. Este não é o momento de dispersar, mas, sim, de acumular forças.