quinta-feira, 17 de setembro de 2020
Bolsonaro: o que vale é sua prática
Por Vanessa Grazziotin, no jornal Brasil de Fato:
Nesta última terça-feira, dia 15, praticamente todos os jornais do Brasil, telejornais e rádios noticiaram o desejo do governo federal - sobretudo da equipe econômica de Bolsonaro - em congelar aposentadorias e pensões por no mínimo dois anos, ou seja, de desvincular esses benefícios e estes proventos do salário mínimo.
A notícia foi tão forte que logo na manhã do dia 15, Bolsonaro fez um vídeo lendo as manchetes dos jornais e dizendo que aquilo não iria acontecer. Dizendo que não tiraria do pobre para dar para o paupérrimo, que isso jamais passou pela sua cabeça.
A notícia foi tão forte que logo na manhã do dia 15, Bolsonaro fez um vídeo lendo as manchetes dos jornais e dizendo que aquilo não iria acontecer. Dizendo que não tiraria do pobre para dar para o paupérrimo, que isso jamais passou pela sua cabeça.
Doria deseja estrangular as universidades
Por Carmen Sylvia Vidigal Moraes e Lincoln Secco, no site Outras Palavras:
Os anos recentes assinalaram uma ruptura histórica. A inteligência crítica debate se vivenciamos o fim da “nova república” ou também o desmonte do próprio estado brasileiro como foi estruturado ao longo do século XX. Em nenhum momento da nossa história a integridade nacional, os direitos sociais e as funções básicas do estado estiveram tão ameaçadas.
Por trás do discurso autoritário que desciviliza a esfera pública há um ataque muito mais mortífero aos fundamentos econômicos, legais e institucionais que sustentam uma coesão mínima da sociedade brasileira, por si mesma aluída constantemente pela insuportável desigualdade social. A universidade, neste contexto, também jamais enfrentou um desafio maior.
Os anos recentes assinalaram uma ruptura histórica. A inteligência crítica debate se vivenciamos o fim da “nova república” ou também o desmonte do próprio estado brasileiro como foi estruturado ao longo do século XX. Em nenhum momento da nossa história a integridade nacional, os direitos sociais e as funções básicas do estado estiveram tão ameaçadas.
Por trás do discurso autoritário que desciviliza a esfera pública há um ataque muito mais mortífero aos fundamentos econômicos, legais e institucionais que sustentam uma coesão mínima da sociedade brasileira, por si mesma aluída constantemente pela insuportável desigualdade social. A universidade, neste contexto, também jamais enfrentou um desafio maior.
Bolsonarismo: 449 violações contra jornalistas
Da Rede Brasil Atual:
Monitoramento de violações contra jornalistas divulgado pela ONG Artigo 19 na última terça-feira (15), no marco do Dia Internacional da Democracia, revela que o presidente Jair Bolsonaro, seus filhos e ministros cometeram 449 ataques contra profissionais da imprensa e comunicadores, desde janeiro de 2019 até agora.
São ações de deslegitimação e estigmatização do trabalho da imprensa, além da exposição de jornalistas e comunicadores. Segundo o coordenador da área de proteção e segurança da Artigo 19, Thiago Firbida, que coordenou o levantamento, trata-se de uma “explosão de agressividade” nunca antes vista.
São ações de deslegitimação e estigmatização do trabalho da imprensa, além da exposição de jornalistas e comunicadores. Segundo o coordenador da área de proteção e segurança da Artigo 19, Thiago Firbida, que coordenou o levantamento, trata-se de uma “explosão de agressividade” nunca antes vista.
Greve em defesa dos direitos e dos Correios
Foto: Eric Gonçalves/Sindipetro |
A greve dos trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ETC) tem um significado muito grande. A começar pela luta contra a retirada de direitos, a tentativa do governo Bolsonaro de reduzir a remuneração dos ecetistas – como a categoria é conhecida – consideravelmente. Questões como licença-maternidade, pagamento de adicional noturno e de horas extras, adicional de risco (insalubridade), indenização por morte, auxílio para filhos com necessidades especiais, anuênio por tempo de trabalho e o auxílio-creche estão sob ameaça.
O arrependimento de Bolsonaro
Por João Guilherme Vargas Netto
Estou convencido que a fúria de Bolsonaro ao desancar, jornalões nas mãos, as plantações de um badeco do ministério da Economia que anunciara o corte de salários, aposentadorias e benefícios para os pobres é a manifestação de seu arrependimento pelo mau passo que deu cortando pela metade o auxílio emergencial de 600 reais até dezembro.
Deve ter raciocinado assim: já me fizeram perder prestígio popular com a MP 1.000 (eu que poderia, mês a mês, conceder o auxílio), agora querem bater mais um prego no meu caixão, fechando a tampa.
Estou convencido que a fúria de Bolsonaro ao desancar, jornalões nas mãos, as plantações de um badeco do ministério da Economia que anunciara o corte de salários, aposentadorias e benefícios para os pobres é a manifestação de seu arrependimento pelo mau passo que deu cortando pela metade o auxílio emergencial de 600 reais até dezembro.
Deve ter raciocinado assim: já me fizeram perder prestígio popular com a MP 1.000 (eu que poderia, mês a mês, conceder o auxílio), agora querem bater mais um prego no meu caixão, fechando a tampa.
Legado de Bolsonaro: morte, fome e fogo
Charge: Fadi Abou Hassan/Noruega |
O Brasil é o segundo maior produtor de alimentos do mundo. Perde apenas para os EUA. Além disso, praticamente todos os anos há recorde de safras.
No entanto, nosso país vive hoje gravíssima insegurança alimentar, com forte inflação de alimentos e desabastecimento de produtos básicos, como o arroz. Já ocorrem saques em supermercados.
Entre janeiro e agosto deste ano, a inflação medida pelo IPCA foi de apenas 0,7%. Porém, a inflação da alimentação no domicílio foi de 6,7%, ou seja, quase 9 vezes acima da inflação média, com tendência a acelerar ainda mais.
Essa inflação de alimentos afeta muito intensamente os mais pobres, que gastam quase tudo o que ganham justamente em alimentação. Segundo levantamento feito pelo professor Gerson Teixeira, especialista na matéria, alguns alimentos básicos subiram bem mais. O arroz subiu 27,5% (mas aumentou bem mais neste mês), o leite longa vida aumentou 32,8%, o feijão subiu 17,3%, o tomate aumentou 17,7%, o óleo de soja subiu 26,6%, e por aí vai.