quinta-feira, 28 de janeiro de 2021

Emissoras de TV omitem ‘apartheid’ de Israel

Por Altamiro Borges

As emissoras de TV têm dado grande destaque à vacinação contra a Covid-19 em Israel. De fato, o país é o líder mundial na imunização. A mídia colonizada evita criticar, porém, a postura discriminatória do governo sionista. Em matéria postada na terça-feira (26), a BBC News-Brasil denunciou mais essa ação criminosa.

Segundo a reportagem, "enquanto 28% da população israelense havia sido vacinada até segunda-feira (25), quase 5 milhões de palestinos nos territórios ocupados e na Faixa de Gaza permaneciam excluídos". Várias organizações internacionais de solidariedade já batizaram essa política genocida de "apartheid" sanitário.

A ação é tão desumana que "diversos parlamentares democratas nos Estados Unidos se uniram às críticas e apelos destas organizações para que Israel forneça às autoridades palestinas vacinas suficientes para proteger sua população, conforme exigido pelas convenções internacionais em casos de ocupações".

Agência da ONU critica discriminação

Na semana retrasada, o Escritório do Alto Comissariado para os Direitos Humanos já havia advertido que "Israel não garantiu que os palestinos sob ocupação na Cisjordânia e Gaza terão acesso à vacina disponível no futuro próximo... Moral e legalmente, esse acesso diferenciado aos cuidados de saúde necessários em meio à pior crise global de saúde em um século é inaceitável".

A agência da ONU ainda exortou o governo sionista a cumprir o Artigo 56 da IV Convenção de Genebra, que exige que as potências ocupantes devem manter os serviços de saúde nos territórios ocupados e aplicar "as medidas preventivas necessárias para combater a propagação de doenças contagiosas e epidemias"

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 160 mil palestinos nos territórios ocupados testaram positivo para o coronavírus desde março de 2020, com mais de 1.700 mortes relacionadas à covid-19. Além disso, as infecções e as mortes aumentaram nas últimas semanas. Apesar dessas mortes e das críticas, o governo de Benjamin "Bibi" Netanyahu segue com seu “apartheid” genocida.

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