Por João Vicente Goulart, no site do Instituto João Goulart:
Que o governo Bolsonaro é inoperante, truculento e lotado de militares que o imitam na boçalidade, todos nós estamos presenciando, mais ainda agora, quando a população clama por vacina o mais rápido possível e encontra entraves disfarçados de regulamentos, normas e dificuldades nas repartições e agências públicas, como se fossem invioláveis por serem “ordem do dia”.
O militar Antônio Barra Torres, que é contra-almirante, notável turista, como indicou em seu currículo para aprovação no Senado Federal, onde sinalizou muito mais as suas viagens e os lugares do planeta onde esteve, assim como sua paixão por motociclismo e telas em óleo. Este médico cardiologista da caserna nada demostrou como cientista e/ou pesquisador para dirigir uma importante agência de saúde pública como a Anvisa, que deve zelar pela saúde da população de nossa nação.
A hipocrisia do presidente da Anvisa, quando se rebela contra a medida provisória defendida pelo Congresso Nacional, e pedirá a sua santidade militar capitão-presidente Bolsonaro o veto de aprovação do prazo de cinco dias para autorizar em caráter de emergência vacinas que já tiveram aprovação em países pertencentes a OMS, sabedor da necessidade e da inoperância do governo federal em vacinar 210 milhões de brasileiros, chega a ser nojenta, asquerosa e submissa para alegrar o negacionismo do chefe.
Chega ao cúmulo de dizer aos quatro ventos que irá aos tribunais competentes para defender a Agência Nacional de Vigilância Sanitária e seu quadro de técnicos sobre a liberação de um insumo como a vacina que impedirá mais rapidamente a morte de mais milhares de brasileiros.
Não por acaso tivemos hoje a publicação de uma nota dos técnicos da Anvisa. Quem pode, manda, quem tem emprego, obedece.
O papel de nossa agência reguladora é não demandar na justiça contra os interesses de saúde do povo brasileiro que quer agilidade em conseguir vacinar-se.
Contra-almirante Barra Torres, deixe a hipocrisia de lado e explique à nação brasileira o porquê de não poder aprovar em cinco dias vacinas internacionalmente comprovadas e poder, no ano 2020, em plena pandemia, o governo brasileiro, através da autorização de sua agência, aprovar 118 diferentes tipos de agrotóxicos, muitos deles proibidos mundo afora serem usados em nosso território.
Aprovaram um agrotóxico a cada três dias.
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