Nunca confie em politiqueiro que se autoproclama "homem do bem" e posa de paladino da ética. Geralmente, ele é um corrupto canalha. Esconde suas sujeiras com o falso moralismo. Neste domingo (14), o programa Fantástico da TV Globo revelou alguns podres do deputado estadual bolsonarista Ruy Irigaray (PSL-RS).
Segundo a longa reportagem, o parlamentar gaúcho usou funcionários do seu gabinete para trabalhos não relacionados à função de assessor – como reformar a casa da sogra e cuidar de suas filhas. O caso é investigado pelo Ministério Público (MP-RS) e pode até resultar na cassação do mandato do oportunista.
Fazer faxina e cuidar das filhas
O escândalo veio à tona a partir de vídeos, fotos e mensagens encaminhados à Justiça por Cristina Nebas, ex-assessora do bolsonarista. Ela revelou que servidores do gabinete foram remanejados para trabalhar em uma casa de 400 metros quadrados, avaliada em R$ 2 milhões, usada como escritório do deputado estadual desde abril de 2020.
Segundo o Fantástico, os assessores se dividiam entre as tarefas do gabinete parlamentar e atividades como troca de piso e pinturas. Eram pagos com dinheiro público, com salários que variavam de R$ 2,7 mil a R$ 9 mil. Segundo Cristina Nebas, a casa chegou a abrigar 15 assessores do deputado do PSL.
O trabalho não se limitava à reforma da casa. Eles também tinham que fazer faxina e limpar as fezes do cão da família. A ex-assessora diz que até cuidou de duas filhas de Irigaray, levando-as a partidas de tênis em Porto Alegre e aulas de inglês em Gravataí, na região metropolitana – em pleno horário de expediente na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul.
Gabinete do ódio e tanque de guerra
O deputado bolsonarista, que se elegeu com um discurso anticorrupção na onda das falsidades bolsonaristas, respondeu ao Fantástico que o trabalho não teve nada de irregular e foi pago a parte. Após o programa, apavorado, ele utilizou suas redes sociais para xingar a TV Globo e afirmar que a reportagem foi "manipulada".
De baixarias na internet, Ruy Irigaray entende bastante. Segundo o Fantástico, ele chegou a montar no seu escritório um “gabinete do ódio” com mais de 50 celulares para pregar violência e espalhar fake news. Manuela D’Ávila, candidata do PCdoB à prefeitura de Porto Alegre em 2020, conhece bem as práticas fascistas do deputado bolsonarista.
Em entrevista ao jornalista Leonardo Sakamoto, no site UOL, ela denunciou: “Aqui no Rio Grande do Sul são pelo menos quatro 'gabinetes do ódio', que se organizam de forma quase autônoma, retroalimentando-se e abastecendo-se. Ele fazia parte disso. Essa turma, permanentemente, organizou agressões contra nós".
Segundo ela, o assédio não ficou restrito à internet, mas também chegou à sua casa. Na eleição de 2018, quando foi vice na chapa de Fernando Haddad, “eles estacionaram na porta do meu edifício um caminhão-tanque, desses aposentados das Forças Armadas, com adesivos desse deputado e vários '17' [número do PSL] pintados”.
Armamento e contra a vacinação
Empresário do setor de transportes no agronegócio, Ruy Irigaray teve a segunda maior votação para deputado estadual em 2018 (com 102.117 votos) com base num discurso fascista, pregando o armamento e a defesa da moral e da família. Antes de concorrer pela primeira vez ao cargo, ele havia organizado os movimentos Gaúchos de Direita e o Armas SA.
Segundo perfil traçado pelo Jornal do Comércio, ele se projetou na cruzada pelo fim do Estatuto do Desarmamento. “A partir dessa militância, em 2013, tornou-se amigo de Eduardo Bolsonaro. Passou alguns meses no Patriotas. Quando Jair Bolsonaro e os filhos foram para o PSL, Irigaray fez o mesmo”. Hoje ele se jacta de assessorar o presidente neste tema.
Nos últimos meses, ele também militou nas hordas negacionistas, contrapondo-se a vacinação e espalhando falsas informações sobre a pandemia. Ele chegou a apresentar um projeto na Assembleia Legislativa proibindo o fornecimento de vacinas de origem chinesa. “Os gaúchos não serão cobaias”, postou o maluco nas redes sociais.
Até março passado, Ruy Irigaray chefiou a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico e Turismo, nomeado pelo governador Eduardo Leite – um dos presidenciáveis “liberais” do PSDB. O bolsonarista também foi autor de um projeto de criminalização do comunismo. O sujeito é um fascista convicto – e metido a esperto! Que o digam seus ex-assessores.
Segundo o Fantástico, os assessores se dividiam entre as tarefas do gabinete parlamentar e atividades como troca de piso e pinturas. Eram pagos com dinheiro público, com salários que variavam de R$ 2,7 mil a R$ 9 mil. Segundo Cristina Nebas, a casa chegou a abrigar 15 assessores do deputado do PSL.
O trabalho não se limitava à reforma da casa. Eles também tinham que fazer faxina e limpar as fezes do cão da família. A ex-assessora diz que até cuidou de duas filhas de Irigaray, levando-as a partidas de tênis em Porto Alegre e aulas de inglês em Gravataí, na região metropolitana – em pleno horário de expediente na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul.
Gabinete do ódio e tanque de guerra
O deputado bolsonarista, que se elegeu com um discurso anticorrupção na onda das falsidades bolsonaristas, respondeu ao Fantástico que o trabalho não teve nada de irregular e foi pago a parte. Após o programa, apavorado, ele utilizou suas redes sociais para xingar a TV Globo e afirmar que a reportagem foi "manipulada".
De baixarias na internet, Ruy Irigaray entende bastante. Segundo o Fantástico, ele chegou a montar no seu escritório um “gabinete do ódio” com mais de 50 celulares para pregar violência e espalhar fake news. Manuela D’Ávila, candidata do PCdoB à prefeitura de Porto Alegre em 2020, conhece bem as práticas fascistas do deputado bolsonarista.
Em entrevista ao jornalista Leonardo Sakamoto, no site UOL, ela denunciou: “Aqui no Rio Grande do Sul são pelo menos quatro 'gabinetes do ódio', que se organizam de forma quase autônoma, retroalimentando-se e abastecendo-se. Ele fazia parte disso. Essa turma, permanentemente, organizou agressões contra nós".
Segundo ela, o assédio não ficou restrito à internet, mas também chegou à sua casa. Na eleição de 2018, quando foi vice na chapa de Fernando Haddad, “eles estacionaram na porta do meu edifício um caminhão-tanque, desses aposentados das Forças Armadas, com adesivos desse deputado e vários '17' [número do PSL] pintados”.
Armamento e contra a vacinação
Empresário do setor de transportes no agronegócio, Ruy Irigaray teve a segunda maior votação para deputado estadual em 2018 (com 102.117 votos) com base num discurso fascista, pregando o armamento e a defesa da moral e da família. Antes de concorrer pela primeira vez ao cargo, ele havia organizado os movimentos Gaúchos de Direita e o Armas SA.
Segundo perfil traçado pelo Jornal do Comércio, ele se projetou na cruzada pelo fim do Estatuto do Desarmamento. “A partir dessa militância, em 2013, tornou-se amigo de Eduardo Bolsonaro. Passou alguns meses no Patriotas. Quando Jair Bolsonaro e os filhos foram para o PSL, Irigaray fez o mesmo”. Hoje ele se jacta de assessorar o presidente neste tema.
Nos últimos meses, ele também militou nas hordas negacionistas, contrapondo-se a vacinação e espalhando falsas informações sobre a pandemia. Ele chegou a apresentar um projeto na Assembleia Legislativa proibindo o fornecimento de vacinas de origem chinesa. “Os gaúchos não serão cobaias”, postou o maluco nas redes sociais.
Até março passado, Ruy Irigaray chefiou a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico e Turismo, nomeado pelo governador Eduardo Leite – um dos presidenciáveis “liberais” do PSDB. O bolsonarista também foi autor de um projeto de criminalização do comunismo. O sujeito é um fascista convicto – e metido a esperto! Que o digam seus ex-assessores.
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