sexta-feira, 12 de fevereiro de 2021

Ludmila, a juíza negacionista, segue impune?

Por Altamiro Borges

No início de janeiro último, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) recebeu uma representação pedindo a abertura de processo administrativo contra a juíza Ludmila Lins Grilo por suas postagens irresponsáveis e negacionistas atacando as medidas de isolamento social em plena pandemia da Covid-19. Como anda o processo? O assunto simplesmente sumiu da mídia.

A juíza da Vara Criminal e da Infância e Juventude de Unaí (MG) é uma seguidora fanática do filósofo de orifícios Olavo de Carvalho – guru do clã Bolsonaro. A denúncia enviada ao CNJ argumentou que a magistrada cometeu uma infração ético-disciplinar ao se manifestar contra as recomendações das autoridades sanitárias.

"As pessoas que nela confiam por ser uma autoridade integrante do Poder Judiciário certamente serão influenciadas por sua irresponsável e inconsequente manifestação, que, de tão absurda, pode estar a configurar crime de apologia à infração de medida sanitária preventiva", alertou o pedido.

Aluna aplicada de Olavo de Carvalho

Só para relembrar, a olavete utilizou seu perfil no Twitter para postar vídeo de uma rua repleta de pessoas em Búzios, no litoral do Rio de Janeiro, durante as festa de Ano Novo. No texto, ela elogiou a "cidade que não se entregou docilmente ao medo, histeria ou depressão", contrapondo-se ao decreto de lockdown, e incluiu a hashtag "Aglomera Brasil". Em outra postagem, a negacionista difusora de fake news afirmou que o coronavírus “não resiste ao sol”.

A revista Época revelou na ocasião que Ludmila Grilo "é aluna aplicada de Olavo de Carvalho. Além de ostentar livros do polemista em sua estante e ter recebido elogios de Olavo, ela já o visitou em sua casa, nos Estados Unidos, em 2018". A juíza é tão criminosa como as deputadas Bia Kicis e Carla Zambelli, do PSL, que também andaram elogiando a “rebeldia” de Búzios e Manaus – nesse caso, poucos dias antes das mortes por asfixia em decorrência da falta de oxigênio nos hospitais.

Ao que tudo indica, nenhuma das três foi ou será punida. Seguirão impunes espalhando fake news contra a vida!

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