domingo, 14 de fevereiro de 2021

Senado dos EUA absolve Trump, o terrorista

Por Altamiro Borges

Em votação que poderá cobrar um alto preço no futuro, o Senado dos Estados Unidos absolveu o líder terrorista Donald Trump. O presidente que durante quatro anos espalhou ódio, estimulou a violência e incentivou hordas neofacistas no império e no mundo, inclusive no Brasil da milícia bolsonarista, escapou ileso do seu segundo processo de impeachment.

Foram 43 contra e 57 favoráveis, incluindo sete senadores republicanos que votaram pelo impeachment e pela cassação dos seus direitos políticos – eram necessários 67 votos para a condenação. Apesar de estimular a invasão dos bárbaros ao Capitólio em 6 de janeiro, Donald Trump segue livre e poderá cometer novos atentados em outras situações de polarização nos EUA.

O neofascista não desistiu do seu projeto

Em mensagem divulgada logo após sua absolvição, o ex-presidente ianque agradeceu aos senadores e aos deputados que votaram contra o impeachment e rosnou que continuará "a jornada para alcançar a grandeza americana". O neofascista Donald Trump não desistiu do seu projeto e seguirá insuflando as milícias nos EUA e no mundo!

De nada adiantou o alerta de alguns senadores democratas e até republicanos de que o ex-presidente é um perigo para a democracia e pode incitar mais violência no futuro. Durante a sessão na quinta-feira (11) foram exibidos depoimentos de invasores do Capitólio comprovando que seguiram ordens diretas de Donald Trump no ataque que deixou cinco mortos.

Apesar das inúmeras provas em vídeos, áudios e documentos, 43 senadores do Partido Republicano mantiveram-se fiéis ao fascista. Eles preferiram ficar com a base radicalizada da legenda, que hoje ainda conta com uma importante fatia do eleitorado estadunidense. Donald Trump teve 74 milhões de votos diante dos 81 milhões de Joe Biden.

Os crimes do genocida na pandemia da Covid-19

Essa elevada votação do psicopata confirma a decadência do império, que está doente em todos os terrenos. Apesar de ainda ser a economia mais rica do planeta – posto que deverá perder em breve para a China –, os EUA estão à deriva. Isto ficou evidente no enfrentamento da pandemia da Covid-19. O pais é recordista em infectados, hospitalizados e mortos.

Parte desses óbitos conforme apontou um estudo recente da revista Lancet – uma das mais conceituadas publicações científicas do mundo – foi de inteira responsabilidade da gestão de Donald Trump. Segundo a pesquisa, cerca de 40% das mais de 460 mil mortes atribuídas ao coronavírus nos EUA poderiam ter sido evitadas se a taxa de mortalidade no país se igualasse à média das outras seis nações (Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão e Reino Unido) que formam o G7.

“Em vez de galvanizar a população dos EUA para lutar contra a pandemia, o presidente Trump rejeitou publicamente sua ameaça (apesar de reconhecê-la em particular), desencorajou a ação à medida que a infecção se espalhou e evitou a cooperação internacional", afirmam os autores do estudo.

O relatório também aponta situações em que o negacionista afirmou que a Covid-19 era uma farsa, recusou-se a cumprir medidas baseadas em evidências, promoveu terapias sem comprovação médica (como o uso de hidroxicloroquina) e deu sugestões perigosas à população (caso da injeção de desinfetante "para matar o vírus").

Trump e seu vira-lata sarnento no Brasil

Donald Trump ainda é acusado de explorar a pandemia para tornar mais rigorosa a sua política anti-imigração, usando a justificativa de proteger a saúde pública para fechar ainda mais o país. Isto apesar dos EUA liderarem a lista das nações com mais casos e óbitos pela Covid-19. O genocida também incitou o ódio racista no meio do caos sanitário do país.

Em tempo: o relatório da revista Lancet também cita o Brasil, presidido pelo vira-lata sarnento Jair Bolsonaro. Segundo o estudo, o terrorista e genocida Donald Trump teve forte influência sobre o presidente do Brasil, que vem "adotando políticas que aceleram a destruição da Floresta Amazônica e irão acelerar as mudanças climáticas".

E o estudo conclui: "Infelizmente, as políticas de Trump não são uma aberração isolada dos EUA... As agendas autoritárias estão se espalhando em todo o mundo, à medida que os políticos mobilizam pessoas inseguras com suas perspectivas de declínio para ir contra aqueles que estão abaixo delas em hierarquias raciais, religiosas ou sociais”.

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