Por Marcelo Zero
Esqueçam as eleições de 2022, a questão é se chegaremos vivos até lá.
Olvidem as divergências, pois só com um plano de salvação nacional poderemos sair do atoleiro sórdido de mortes e sofrimento em que nos meteu um governo fascista e necrófilo.
Não deixem que a dívida sirva de pretexto desumano para impedir de salvar nosso povo da morte, do desemprego, da miséria.
Dívidas podem ser pagas e revertidas; as mortes não. São definitivas e irreversíveis. E ninguém consegue pagar pela morte de ninguém.
Quem vai pagar pelas despedidas não realizadas, pelo choro derramado na solidão virtual, pelos abraços que faltam, pelos beijos interrompidos, pelo medo espesso que paralisa, pela tristeza de chumbo que nos joga ao chão?
Quem vai pagar pela falta de comida, pela falta de sorrisos, pela falta de ar? O mercado?
Sepultem o teto de gastos.
Precisamos de um chão sólido de investimentos para comprar e produzir vacinas, pagar um auxílio decente, gerar empregos, ter saúde e educação, devolver a esperança à nossa gente desesperada.
Ignorem os ignorantes e os falsos medicamentos dos embusteiros e dos vendilhões do Templo. Abracem a ciência. Acolham a verdade.
Exijam vacinas, venham de onde venham.
Usem as máscaras que salvam; não as máscaras mortais do individualismo cínico.
Pratiquem o isolamento social, que nos une num ato de amor à vida e de solidariedade.
Demandem o licenciamento compulsório de patentes para as vacinas.
É imoral lucrar com tanto sofrimento.
Apoiem a OMS, que quer vacinar o mundo inteiro; não apenas uns poucos privilegiados.
Clamem por solidariedade mundial, pois o governo irresponsável não vai vacinar a maioria da população.
Precisamos, já, de toda ajuda que pudermos obter.
Aplaudam o SUS que, mesmo vilipendiado e sucateado pelo governo, salva vidas.
Agradeçam a médicos, enfermeiros.
Agradeçam aos humildes e anônimos trabalhadores que, mesmo sob o açoite da destruição de seus direitos, mantêm os serviços fundamentais funcionando.
Agradeçam aos que amam o próximo.
Aos que praticam fraternidade e solidariedade.
Aos que mantêm a frágil chama da vida, em meio à tempestade sórdida de cinismo, egoísmo e ódio desencadeada pelos que só têm compromissos com o lucro de alguns poucos.
Reconheçam uma liderança como a de Lula, em cujas veias corre a generosidade do povo simples do Brasil. Inspirem-se em sua cristalina humanidade.
Repilam os desumanos.
Os que dizem, 'e daí'?
Os que afirmam que não podem fazer nada.
Desprezem os mentirosos que dizem que o Brasil está quebrado, que não há dinheiro. Eles apenas não querem gastar nada com vocês.
Rejeitem as lideranças da morte; acolham os líderes da vida.
Tirem o Brasil do rumo da morte e deem uma chance à vida.
Deem uma chance ao povo.
Deem uma chance ao Brasil.
Chegou a hora da escolha fundamental e definitiva: vida ou morte.
A História não perdoará os desumanos e covardes que não lutarem pela vida.
Acendam suas pequenas luzes de humanidade nas trevas fascistas.
Poderemos ver, juntos, a luz no fim do túnel.
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