Por Altamiro Borges
Enquanto os recursos para o novo auxílio (ou merreca) emergencial correspondem a apenas 15% do valor destinado ao benefício em 2020, as regalias do presidente da República seguem intocáveis. E haja mamata no laranjal! Segundo o site Congresso em Foco, "férias de Bolsonaro custaram R$ 2,4 milhões aos cofres públicos".
O "capetão" curtiu férias de 18 de dezembro de 2020 a 5 de janeiro último. Dos 2,4 milhões, "quase R$ 1,2 milhões foram gastos com cartão corporativo do governo federal, R$ 1,05 milhão bancaram combustível e manutenção de aeronaves, e R$ 202 mil diárias da equipe de segurança presidencial", descreve o site.
Jair Bolsonaro esteve nas cidades litorâneas do Guarujá (SP) e de São Francisco do Sul (SC). Os dados foram enviados pela Secretaria-Geral da Presidência (SGP) à Câmara Federal atendendo a dois pedidos do deputado Elias Vaz (PSB-GO). Mas o governo manteve como “reservado”, “sigiloso”, os detalhes sobre os gastos com o cartão corporativo.
"Tapa na cara do brasileiro"
Como lembra o site Congresso em Foco, as férias do presidente genocida custaram alto e foram desastrosas em um período de avanço da pandemia da Covid-19. “Foram ao todo 18 dias salpicados de algumas cenas descoladas da realidade: o presidente nadou em direção a praias lotadas e andou sem máscara ao lado de turistas igualmente desprotegidos”.
Já ao jornal Estadão, o deputado do PSB que apresentou os requerimentos de informações criticou as “mamatas” presidenciais. “Os valores gastos em plena pandemia foram avaliados por Elias Vaz como um ‘tapa na cara do brasileiro’. Em dezembro do ano passado, quando o presidente fez as viagens, o governo pagava a última parcela do auxílio emergencial no valor de R$ 300. Na época, o benefício não tinha perspectiva de ser renovado. Vaz destacou que, com o valor gasto nas férias do presidente, o governo poderia ter pago mais uma parcela do auxílio para quase 8 mil pessoas”.
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