sexta-feira, 16 de abril de 2021

Impune, Abraham Weintraub será candidato?

Por Altamiro Borges

Em fevereiro último, o Ministério Público Federal (MPF) abriu inquérito em Brasília contra Abraham Weintraub por difusão de fake news. O ex-ministro da Educação, que foi defenestrado do laranjal e depois fugiu para os EUA, fez acusações levianas contra as universidades federais. Como anda o tal inquérito, que sumiu da mídia?

Entre outros absurdos, o fascistoide acusou as universidades públicas de produzirem drogas ilícitas. Sem apresentar provas, ele esbravejou no site bolsonarista “Jornal da Cidade Online” em novembro de 2019: "Você tem plantações de maconha, mas não são três pés de maconha, são plantações extensivas em algumas universidades".

O asqueroso também garantiu na mesma entrevista que faculdades produziam drogas sintéticas. "Você pega laboratórios de química desenvolvendo metanfetamina e a polícia não pode entrar nos campi".

Racismo contra os chineses

Diante dessas agressões odiosas às universidades públicas, o MPF abriu o inquérito civil em 26 de fevereiro. Mas, como ironizou na ocasião o jornal Estadão, a instauração ocorreu "dois dias depois da mesma Procuradoria da República do Distrito Federal (PRDF) arquivar outra investigação contra Weintraub sobre o suposto crime de racismo contra os chineses".

Nesse caso, também criminoso, o então ministro da Educação usou a sua conta no Twitter para insinuar que a China poderia se beneficiar da pandemia do novo coronavírus. Seguindo os ensinamentos do seu mentor intelectual, o filósofo de orifícios Olavo de Carvalho, ele reforçou a tese de que a Covid-19 seria uma trama comunista, “globalista”. Ele ainda fez provocações com a língua chinesa. 

Arquivada aquela investigação, essa nova tinha como objetivo "apurar suposta improbidade resultante de conduta reiterada do Ministro da Educação Abraham Weintraub, consistente em ataques infundados e sabidamente inverídicos às universidades públicas brasileiras". Pelo jeito, ela também não deu em nada!

Pau-mandado da famiglia Bolsonaro

Enquanto nada é feito contra mais esse fascista, que escapuliu para os EUA, as milícias bolsonaristas até já falam em lançá-lo a um cargo eletivo. Na semana retrasada, Eduardo Bolsonaro confirmou que o fiel serviçal da famiglia – que ganhou de presente por seu servilismo um posto no Banco Mundial – deverá ser candidato em 2022.

“Para aqueles que tanto criticam e chamam o ex-ministro de maluco, eu só digo o seguinte: cuidado, pois muito em breve ele pode estar lado a lado nesses debates no Congresso Nacional, junto conosco”, disse o filhote 03 do presidente e deputado federal do PSL em São Paulo.

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