Por Altamiro Borges
As pesquisas talvez ajudem a explicar o crescente descontrole emocional de Jair Bolsonaro, que precisa urgentemente de uma camisa de força. A mais recente, publicada na sexta-feira (28) pelo PoderData, mostra que o apoio ao impeachment do presidente cresceu e bateu em 57%. Em apenas três meses, o número dos que desejam sua cabeça subiu 11 pontos.
Já a proporção dos que acham que Jair Bolsonaro deve continuar no cargo caiu 10% neste mesmo período. Despencou de 47% para 37%. O desejo de se livrar do "capetão" acompanhou a mudança na avaliação do desempenho do governo. No início de fevereiro, a reprovação da gestão era de 48%. Hoje, 59% dos entrevistados a desaprovam.
Para o site Poder-360, responsável pela pesquisa, a situação do fascista é complicada. “Esse é o primeiro levantamento sobre a avaliação do impeachment de Bolsonaro feito depois da instalação da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Covid no Senado, que apura ações e omissões dos governos federais e estaduais no combate à pandemia de covid-19”.
Com sua queda de popularidade, a onda para retirá-lo do Palácio do Planalto tende a crescer. “Até esta quinta-feira (27), foram protocolados 120 pedidos de impeachment contra Bolsonaro na Câmara dos Deputados. Os dois últimos foram feitos por Alexandre Frota (PSDB-SP) e pelo líder indígena Ailton Krenak, no dia 24”.
A pesquisa do PoderData mostra que quem mais apoia o impeachment do fascista são as mulheres (61%), as pessoas de 16 a 24 anos (62%), os moradores da região Nordeste (64%) e os trabalhadores que recebem de 5 a 10 salários mínimos (68%). Quem mais defende a continuidade de Jair Bolsonaro no cargo são os homens (43%), as pessoas de 45 a 59 anos (45%), os moradores da região Norte (59%) e os que recebem de 2 a 5 salários mínimos (44%).
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