Por Altamiro Borges
Nesta quarta-feira (26), em Brasília, todas as centrais sindicais brasileiras e as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, que reúnem o grosso dos movimentos sociais, realizam um ato nacional em defesa do auxílio emergencial de R$ 600, “por vacina no braço e comida no prato”. A hashtag do ato é #600ContraFome.
Em nota à imprensa, os organizadores desse primeiro grande protesto de rua em plena pandemia explicam o motivo: “O povo brasileiro está passando fome e a redução do valor e do alcance do auxílio emergencial, um crime cometido pelo governo federal, levou essa situação ao extremo".
A nota alerta que o ato será “presencial, porém, sem aglomeração e sob todos protocolos sanitários para evitar contágio, em respeito à vida, à ciência e às famílias de quase meio milhão de pessoas que morreram da Covid-19 em consequência do negacionismo e incompetência do governo federal”.
23 projetos regressivos no Congresso
O ato em Brasília também marcará o lançamento e a entrega no Congresso Nacional da primeira “Agenda Legislativa das Centrais Sindicais para a Classe Trabalhadora”. Os sindicalistas solicitaram audiência com os presidentes Arthur Lira, da Câmara dos Deputados, e Rodrigo Pacheco, do Senado.
Elaborada em conjunto com o Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP), o documento analisa 23 projetos em tramitação no Congresso Nacional relacionados ao trabalho. A maioria afeta negativamente a vida e os direitos dos trabalhadores, como a reforma administrativa e a ofensiva das privatizações.
Ao fim do ato, serão doados alimentos sem agrotóxicos cultivados em áreas da Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais e Agricultores Familiares (Contag) e assentamentos do MST. Serão mais de 600 cestas com, ao mínimo, 16 itens colhidos na véspera. Elas serão doadas a catadores de material reciclável da cooperativa do Distrito Federal (Centcoop).
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