Por Altamiro Borges
Mais uma juizeco carrasco, que a mídia udenista transformou em herói nacional apesar das inúmeras denúncias de abuso de autoridade, vai para a guilhotina. Segundo reportagem da revista Veja, "a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) prepara uma minuta para pedir ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) o afastamento de Marcelo Bretas".
O vaidoso e bombado juiz da 7ª Vara Federal do Rio de Janeiro, responsável pela midiática Operação Lava-Jato no estado, foi acusado de práticas ilegais na condução dos processos. Ele foi alvo de delação premiada encaminhada pelo advogado Nythalmar Dias Ferreira Filho à Procuradoria-Geral da República (PGR).
A delação foi obtida com exclusividade pela revista – que no passado recente bajulou esse e outros jagunços da Lava-Jato, como o agente ianque Sergio Moro. Agora ela se jacta que a medida da OAB "começou a ser preparada após reportagem de Veja na edição desta semana mostrar detalhes do acordo de delação premiada".
Juiz se comporta como policial e promotor
Segundo o documento do delator, "Marcelo Bretas – que atuou em processos que resultaram na prisão do ex-presidente Michel Temer, do ex-governador Sérgio Cabral e do empresário Eike Batista – se comporta como policial, promotor e juiz ao mesmo tempo: negocia penas, orienta advogados e investiga".
Ainda de acordo com a íntegra da delação, o juizeco carrasco "combina estratégias com o Ministério Público, direciona acordos, pressiona investigados, manobra processos e já tentou até influenciar eleições – evidentemente tudo à margem da lei". Ou seja: ele não era um juiz imparcial, era jagunço!
Com base nessa grave denúncia, o procurador de prerrogativas da OAB, Alex Souza Sarkis, vai defender o afastamento de Marcelo Bretas "para que os fatos sejam apurados, entre eles a violação de prerrogativas dos advogados, que torna o rito processual desequilibrado e compromete a 'paridade de armas' entre as partes da ação". O carrasco vai para o cadafalso!
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