Por Altamiro Borges
O site Metrópoles confirma que o segundo depoimento do ministro da Saúde, o médico-capacho Marcelo Queiroga, na terça-feira (8), irritou os integrantes da CPI do Genocídio. Ele mentiu, tentou enrolar e revelou-se um grande oportunista. “O presidente da CPI da Covid, senador Omar Aziz, chamou Queiroga de ‘carreirista’ e disse que ele protegeu Bolsonaro”, relata a nota.
Questionado sobre os constantes passeios do fascista, que provoca aglomerações e rejeita o uso da máscara, o ministro tergiversou: “Não sou censor do presidente”. Em outro trecho, o oportunista fez questão de agradecer ao “capetão” pela nomeação ao carguinho: “A maior oportunidade da minha vida quem me deu foi o presidente Bolsonaro”.
Segundo o site Metrópoles, essa conduta mostrou a falta de caráter do ministro da Saúde. “Aziz reprovou as declarações. ‘Você fala isso quando está numa situação de vida muito difícil, passando necessidade, e alguém te dá uma oportunidade. Não é o caso dele. O cara é carreirista. Como os outros, protegeu muito o Bolsonaro’, afirmou o presidente do colegiado”.
Mais desmoralizado e enfraquecido
Na avaliação dos principais veículos de imprensa, Marcelo Queiroga saiu ainda mais desmoralizado e enfraquecido deste segundo depoimento. Ele mostrou que não tem qualquer autonomia no cargo, que é um mero fantoche do negacionista que desgoverna o país. Até suas objeções ao “tratamento precoce” e à cloroquina foram feitas de forma pusilânime.
Para proteger o fascista no poder, ele até mentiu sobre o veto à entrada da médica Luana Araújo na Secretaria Especial de Enfrentamento da Covid-19. Disse que ele foi o responsável pelo corte da sua indicada. Em seu depoimento à CPI, a médica garantiu que Marcelo Queiroga lhe contou que seu nome foi vetado pela Casa Civil da Presidência da República.
Como postou o jornalista Kennedy Alencar no site UOL, “Queiroga é cúmplice do genocídio em curso porque endossa o negacionismo do presidente ao se comportar como um fantoche... O ministro repetiu o discurso mentiroso do presidente e dos senadores negacionistas. Ele abusou das meias-verdades, confirmando que não está à altura do cargo que ocupa e que sua preocupação é apenas se manter no cargo... Ele é carreirista e despreparado, características que o qualificam para ser ministro de Bolsonaro. Queiroga está à altura do presidente”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comente: