Por Altamiro Borges
A falsa imagem de ético de Jair Bolsonaro – construída graças à omissão da mídia falsamente moralista – está derretendo. Pesquisa Exame/Ideia divulgada neste final de semana mostra o impacto das denúncias de propina na compra de vacinas. Para 45% dos brasileiros, o genocida não combate a corrupção; 28% ainda acham que ele tenta impedir desvios de grana pública; e 27% têm dúvidas sobre o comportamento do governante.
A parcela que ainda bota mais fé cega no "capetão" é a dos evangélicos – com 38% acreditando que o fascista é honesto. Conforme aumenta o nível de ensino, o índice de descrença é maior. Nas pessoas com ensino superior, o número das que acreditam que o “capetão” é corrupto é de 58%.
Mudança de percepção dos brasileiros
Para Maurício Moura, fundador do instituto Ideia, há uma mudança na percepção dos brasileiros sobre a corrupção no laranjal. "Isso é ligado ao episódio da compra da vacina indiana Covaxin e às denúncias de uma potencial aquisição de um lote da AstraZeneca. Quase um quinto das pessoas mudou de opinião sobre a corrupção do governo na última semana. E dois terços dizem que ouviram falar que a CPI da Covid-19 está apurando esses fatos de desvios de recursos. Ou seja, é um tema de bastante disseminação no imaginário da opinião pública hoje”.
A pesquisa também avaliou o desempenho geral do governo. “As pessoas que acham o trabalho do presidente Bolsonaro como ruim e péssimo somam 54%. O número é o mais alto desde que ele assumiu o Palácio do Planalto, em janeiro de 2019. Os que avaliam o governo como ótimo e bom são 23%, e os que acham regular, 21%. Maurício Moura classifica o patamar como ‘perigoso’”, descreve a revista Exame – que é dedicada à cloaca empresarial.
Vale registrar que a pesquisa Exame/Ideia foi feita dias antes da bombástica denúncia de uma das ex-cunhadas de Jair Bolsonaro. Ela afirmou que ele é o verdadeiro 01, o “rei das rachadinhas”. Com os áudios divulgados pelo site UOL nesta segunda-feira (5), a desmoralização de politiqueiro do baixo clero deve crescer ainda mais nos próximos dias.
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