Por Altamiro Borges
Enquanto o presidente Jair Bolsonaro cuida da obstrução no intestino em um hospital de luxo de Sampa, seu laranjal pega fogo. Uma notinha no site da Veja nesta quinta-feira (15) revela que “Paulo Guedes [o rentista] corta verba de Rogério Marinho [o oportunista], que ameaça se demitir do governo”. Essa briga é de titãs e pode dar num baita piriri em Brasília!
Conforme explica a revista, “recentemente, Jair Bolsonaro chamou Paulo Guedes e mandou o ministro da Economia abrir espaço no orçamento para repassar 1 bilhão de reais a obras de Infraestrutura tocadas por Tarcísio de Freitas. Guedes teve então que buscar os chamados ‘recursos empoçados’, o dinheiro já liberado nos ministérios, mas que ainda não foi utilizado. Onde Guedes acabou batendo? Na pasta de Rogério Marinho. Ao perceber o corte, Marinho, indignado foi ao Planalto e, frente a frente com Luiz Eduardo Ramos, disse que entregaria o cargo se o dinheiro fosse transferido”.
Segundo a notinha venenosa, depois do bate-boca e da ameaça, o ex-deputado tucano que se converteu ao bolsonarismo saiu de férias. Dizem que ele está bem enfezado. “Como Bolsonaro ignorou a ameaça do auxiliar e Marinho continua de férias, ninguém sabe se o ministro vai mesmo se demitir na volta do descanso”.
O rentista e o oportunista de carteirinha
O oportunista de carteirinha Rogério Marinho nunca se deu bem com o abutre financeiro Paulo Guedes. Com interesses eleitoreiros no Rio Grande do Norte, ele quer bater asas e gastar – o que esbarra no austericídio do czar da Economia. Se sentir que o laranjal bolsonariano está afundando na latrina, ele não vacilará em deixar o cargo.
Na semana retrasada, a coluna de Lauro Jardim já havia antecipado no jornal O Globo que a situação andava tensa entre os dois ministros: “O que parecia não ter condições de piorar, piorou – e muito. Paulo Guedes e Rogério Marinho estão em pé de guerra. Marinho quer mais verbas para obras. Guedes diz que não há dinheiro. Os dois não se falam há tempos”.
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