domingo, 1 de agosto de 2021

A direita ama a família

Por Moisés Mendes, no Diário do Centro do Mundo:


A suplente do senador Ciro Nogueira, o novo ministro da Casa Civil, é a mãe dele, Eliane e Silva Nogueira Lima, que tem como credencial o fato de ser a mãe de Ciro Nogueira.

A diretora do Programa da Secretaria de Atenção Primária do Ministério da Saúde, durante a gestão do general Eduardo Pazuello, era a tenente Laura Appi, namorada de Pazuello.

Faz sentido que, nesse ambiente familiar da direita, Bolsonaro tenha dito que considera Hamilton Mourão não como seu vice, mas como um cunhado chato.

O próprio Bolsonaro tem três filhos com mandatos, que entram e saem do Planalto quando bem entendem e tiveram agora os registros de acesso ao palácio transformados em segredo de Estado por cem anos.

Só descobriremos o que os filhos de Bolsonaro faziam no Planalto quanto o tetraneto 08, o Jair III, estiver no poder.

Já se sabe, como notícia batida, que a família Bolsonaro pagou mais de R$ 65 milhões a parentes empregados em seus gabinetes durante seus mandatos.

São 102 pessoas com vínculos familiares que passaram pelos gabinetes da facção.

Os militares também acolhem parentes. Isabela Oassé de Moraes Ancora Braga Netto, filha do general Braga Netto, formada em design, foi nomeada gerente da Agência Nacional de Saúde.

Adriana Haas Villas Bôas, filha do general Villas Bôas, ex-chefe do Exército, é assessora de Damares e ganha R$ 10 mil por mês.

Léo Índio, o famoso primo de Carluxo, é assessor do senador Carlos Viana (PSD-MG). A direita e a extrema direita são muito dedicadas à família.

Anda com nazistas, mas é moderado

Comentaristas da direita apresentaram esta semana a tese de que Bolsonaro, forçado pelo centrão, e principalmente por Ciro Nogueira, caminhava para o centro e para a moderação.

Coitados, erram até quando se esforçam para acertar. Na mesma semana, Bolsonaro reafirmou que, queiram ou não queiram, ele recebe deputados nazistas quando quiser

Na quinta-feira, fez a live em que atacou o TSE e voltou a falar de fraudes nas eleições. E no sábado, andando de moto, apostou mais uma vez, com novas agressões, na confusão do voto impresso.

É dureza ser comentarista da direita de empresa inimiga de Bolsonaro, sem poder sair do armário e assumir o bolsonarismo.

Quem será o primeiro?

Ainda não temos a foto de nenhum medalhista olímpico com Bolsonaro. Parece que todos estão conseguindo escapar do assédio dos assessores do sujeito.

Mas uma hora alguém vai aparecer com o genocida. Vou fazer minha previsão. Acho que será o time dos homens do vôlei masculino.

Escolhas

Enquanto o Museu da Língua Portuguesa é reinaugurado, Bolsonaro anda de moto com um cara na garupa e desfila na porta de um carro com um segurança agarrado à sua cintura.

Bolsonaro e suas escolhas.

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