Eu estava escrevendo o último post e só quando terminei vi que Jair Bolsonaro, finalmente, na sua live, entregou os pontos diante da crise energética e pediu às pessoas que economizassem luz:
“Fazer um apelo para você que está em casa. Tenho certeza de que você pode apagar um ponto de luz na sua casa agora. Peço esse favor a você, apague um ponto de luz agora”.
Uau! “Apelo”? “Peço este favor”?
Que evolução para quem, um mês atrás, descartava a possibilidade de apagões e debochava da política de Dilma Rousseff de, com geração eólica, “estocar vento” com a economia de água dos reservatórios. Ontem, as usinas eólicas, implantadas e incentivadas nos seus governos, produziram 16,1% de toda a energia consumida no Brasil.
Sem elas, já estaríamos no escuro.
Não estamos, mas vamos ficar. E o melhor indicativo disso é o fato de que o nosso arrogante presidente está apelando e pedindo “por favor” às pessoas que economizem eletricidade.
Isso seria racional e lógico para uma pessoa normal, mas não se aplica a Bolsonaro.
Ele não pediu às pessoas que usassem máscaras contra a Covid, nem que evitassem aglomerações, nem que se protegessem, quando estava em jogo a própria vida de milhões de pessoas.
Pede agora, porque sabe que apagões eventuais e altas tarifas elétricas contínuas podem matar seus planos continuístas.
E é isso o que teremos, e talvez tenhamos dos dois.
Mais ainda, porque não é o consumo doméstico, mas os produtos, sobretudo alimentos, que dependem de uma cadeia de refrigeração em todo o seu trajeto, entre a produção de comercialização, como carnes e lácteos, vão sofrer aumentos. Idem o aço, cerâmicas, vidros, fios e cabos, alumínio e muitos outros materiais de uso intensivo de eletricidade. E o comércio e os serviços…
E, talvez não saiba Jair Bolsonaro, imerso em sua fartura de churrasco de picanha de R$1.800 o quilo, mas com a mente de classe média afluente, para a maioria dos brasileiros, “apagar um ponto de luz” é algo impossível, porque as noites têm apenas a luz da televisão e a roupa já nem é passada a ferro, para que a conta de luz não os impeça de comprar comida.
Um mérito há nisso, porém: o valentão partiu para a defensiva.
“Fazer um apelo para você que está em casa. Tenho certeza de que você pode apagar um ponto de luz na sua casa agora. Peço esse favor a você, apague um ponto de luz agora”.
Uau! “Apelo”? “Peço este favor”?
Que evolução para quem, um mês atrás, descartava a possibilidade de apagões e debochava da política de Dilma Rousseff de, com geração eólica, “estocar vento” com a economia de água dos reservatórios. Ontem, as usinas eólicas, implantadas e incentivadas nos seus governos, produziram 16,1% de toda a energia consumida no Brasil.
Sem elas, já estaríamos no escuro.
Não estamos, mas vamos ficar. E o melhor indicativo disso é o fato de que o nosso arrogante presidente está apelando e pedindo “por favor” às pessoas que economizem eletricidade.
Isso seria racional e lógico para uma pessoa normal, mas não se aplica a Bolsonaro.
Ele não pediu às pessoas que usassem máscaras contra a Covid, nem que evitassem aglomerações, nem que se protegessem, quando estava em jogo a própria vida de milhões de pessoas.
Pede agora, porque sabe que apagões eventuais e altas tarifas elétricas contínuas podem matar seus planos continuístas.
E é isso o que teremos, e talvez tenhamos dos dois.
Mais ainda, porque não é o consumo doméstico, mas os produtos, sobretudo alimentos, que dependem de uma cadeia de refrigeração em todo o seu trajeto, entre a produção de comercialização, como carnes e lácteos, vão sofrer aumentos. Idem o aço, cerâmicas, vidros, fios e cabos, alumínio e muitos outros materiais de uso intensivo de eletricidade. E o comércio e os serviços…
E, talvez não saiba Jair Bolsonaro, imerso em sua fartura de churrasco de picanha de R$1.800 o quilo, mas com a mente de classe média afluente, para a maioria dos brasileiros, “apagar um ponto de luz” é algo impossível, porque as noites têm apenas a luz da televisão e a roupa já nem é passada a ferro, para que a conta de luz não os impeça de comprar comida.
Um mérito há nisso, porém: o valentão partiu para a defensiva.
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