Terminada a justa atenção do país, ainda que notívaga, para o desempenho de nossos atletas olímpicos, os olhares serão, esta semana, atraídos para onde precisam ser: a gravíssima crise político-institucional em que está o país.
Já amanhã, Arthur Lira convocará os líderes partidários para marcar data para a votação de esdrúxula proposta de apuração manual das eleições – pois é disto que se trata, e não de auditoria dos resultados eletrônicos por impressão em papel do voto.
É unânime a previsão de que será derrotada, embora, como resuma hoje Bernardo Mello Franco, em O Globo, “mantém o balcão aberto para negociações com o Planalto”.
A ver, porque esta Câmara está de tal forma contaminada pelo governismo e pelos negócios eleitorais com o Orçamento, que nada é impossível ali.
Impossível mesmo é que Jair Bolsonaro, diante disso, vá baixar as armas, que ensarilha publicamente.
Para os que se recordam, é aquele tripé que se apoiava sobre as baionetas que, metaforicamente – mas não tanto – são as Forças Armadas, as polícias e as milícias que instituiu com a fartíssima liberação de armas que promoveu.
Ontem, em Santa Catarina, ao lado do “general” Luciano Hang, comandante geral dos quartéis da Havan, definiu a turma barulhenta das motocicletas como “o Exército do Brasil”.
Qualquer um pode imaginar qual o grau de reação que lhe seria possível ante um bando de insensatos roncando sua cavalaria mecânica nas ruas, por enquanto sem armas ostensivas.
Das polícias militares estaduais, nada a esperar senão que os escoltem e, das Forças Armadas, basta que não socorram a ordem constitucional e deixem que se façam o “serviço”, em nome da suposta “vontade do povo”.
Já demora demais a reação institucional a isso.
Palavras pomposas não são nada ante o ronco feroz destas matilhas.
Imagine se quem ameaça não respeitar o voto popular vá conformar-se com o voto dos deputados?
Em condições normais, seria apenas uma comédia trágica o que estamos vivendo.
Nos tempos excepcionais que vivemos, porém, corre-se o risco de estar vendo o esboço de uma tragédia nada cômica.
Nos quais, ao acharem que acalmarão Bolsonaro como a uma criança birrenta, com carinhosos tapinhas e voz mansa, nina-se um monstro que não dorme, mata.
Já amanhã, Arthur Lira convocará os líderes partidários para marcar data para a votação de esdrúxula proposta de apuração manual das eleições – pois é disto que se trata, e não de auditoria dos resultados eletrônicos por impressão em papel do voto.
É unânime a previsão de que será derrotada, embora, como resuma hoje Bernardo Mello Franco, em O Globo, “mantém o balcão aberto para negociações com o Planalto”.
A ver, porque esta Câmara está de tal forma contaminada pelo governismo e pelos negócios eleitorais com o Orçamento, que nada é impossível ali.
Impossível mesmo é que Jair Bolsonaro, diante disso, vá baixar as armas, que ensarilha publicamente.
Para os que se recordam, é aquele tripé que se apoiava sobre as baionetas que, metaforicamente – mas não tanto – são as Forças Armadas, as polícias e as milícias que instituiu com a fartíssima liberação de armas que promoveu.
Ontem, em Santa Catarina, ao lado do “general” Luciano Hang, comandante geral dos quartéis da Havan, definiu a turma barulhenta das motocicletas como “o Exército do Brasil”.
Qualquer um pode imaginar qual o grau de reação que lhe seria possível ante um bando de insensatos roncando sua cavalaria mecânica nas ruas, por enquanto sem armas ostensivas.
Das polícias militares estaduais, nada a esperar senão que os escoltem e, das Forças Armadas, basta que não socorram a ordem constitucional e deixem que se façam o “serviço”, em nome da suposta “vontade do povo”.
Já demora demais a reação institucional a isso.
Palavras pomposas não são nada ante o ronco feroz destas matilhas.
Imagine se quem ameaça não respeitar o voto popular vá conformar-se com o voto dos deputados?
Em condições normais, seria apenas uma comédia trágica o que estamos vivendo.
Nos tempos excepcionais que vivemos, porém, corre-se o risco de estar vendo o esboço de uma tragédia nada cômica.
Nos quais, ao acharem que acalmarão Bolsonaro como a uma criança birrenta, com carinhosos tapinhas e voz mansa, nina-se um monstro que não dorme, mata.
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