segunda-feira, 25 de outubro de 2021

Pesquisa indica que inflação afunda Bolsonaro

Por Altamiro Borges


A revista Exame, dedicada à cloaca burguesa, divulgou na semana passada uma nova pesquisa feita em parceria com o instituto Ideia que mostra que a desaprovação do governo de Jair Bolsonaro voltou a subir e bateu em 53%. Em relação à sondagem anterior, de agosto, houve um aumento de cinco pontos percentuais na rejeição ao laranjal. Apenas 23% avaliam a gestão do “capetão” como ótima ou boa.

A pesquisa confirma que o maior temor da sociedade hoje é a inflação – superando o trauma da pandemia da Covid-19. Dos entrevistados, 79% encaram a situação da carestia como gravíssima. Os itens que mais pesam no bolso são alimentos, bebidas e combustíveis. A sondagem indica que 68% dos brasileiros inclusive já mudaram hábitos de alimentação em razão da inflação.

"Obviamente que isso tem um impacto muito grande no dia a dia das pessoas. Estamos falando de mais de dois terços dos brasileiros comendo de maneira diferente, obviamente piorando sua alimentação em razão do aumento dos preços. Quem trabalha com a inflação sabe que ela é essencialmente expectativa, e 61% acham que os preços vão continuar aumentando nos próximos seis meses. Ou seja, vamos continuar convivendo com um cenário bastante preocupante para o Brasil”, analisa Maurício Moura, fundador do instituto Ideia.

As incertezas em relação ao futuro da economia

Na avaliação do pesquisador, os números da sondagem são muito negativos para o presidente-fake. “A gente vê um ruim e péssimo acima de 50%, o que é muito perigoso porque essa parcela é de difícil desconversão. A aprovação de Jair Bolsonaro, apesar de bem resiliente na casa de 25%, no histórico é muito inferior aos pares dele que conseguiram a reeleição no Brasil pós-redemocratização – Fernando Henrique Cardoso, Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff”.

Maurício Moura também enfatiza o peso da economia na avaliação declinante do atual governo. “É muita gente com incertezas em relação ao futuro, no médio prazo. Isso tem uma correlação com a aprovação do governo, 55% dos que avaliam o governo como ótimo e bom acham que vai melhorar e quem avalia mal é justamente o contrário [66% ruim e péssimo]. É um sentimento geral de desconfiança e incerteza em relação à melhora econômica”.

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