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As bravatas do ministro Paulo “Offshore” Guedes não convencem ninguém. O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) medido pela Fundação Getúlio Vargas registrou em novembro queda de 1,4 ponto, a 74,9 pontos, o seu menor patamar desde abril último (72,5). A maioria dos consumidores brasileiros acha que a economia está afundando e só vai piorar!
"Apesar do avanço da vacinação, de suas consequências favoráveis na redução de casos e mortes por Covid-19 e da flexibilização das medidas restritivas, o aumento da incerteza econômica diante de uma inflação elevada, da política monetária restritiva e do maior endividamento das famílias de baixa renda torna a situação ainda desconfortável e as perspectivas ainda cheias de ameaças", explica Viviane Seda Bittencourt, coordenadora da sondagem da FGV.
O ICC tem dois focos. O Índice de Situação Atual (ISA) mede a percepção do consumidor sobre o momento presente. Ele perdeu 2,1 pontos no período – caindo para 66,9 pontos. Essa piora deveu-se à deterioração da situação econômica local e das finanças das famílias. Já o Índice de Expectativas (IE) avalia o sentimento em relação aos próximos meses. Ele caiu 1,0 ponto, a 81,4, pressionado pelo indicador que mede as perspectivas sobre a situação financeira familiar.
Como lembra a agência Reuters, “dados referentes a outubro mostraram que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) disparou 10,67% no acumulado em 12 meses, taxa mais acentuada desde janeiro de 2016 (10,71%). Diante de indicadores de inflação persistentemente fortes, o Banco Central tem promovido intenso ciclo de aperto monetário, o que é visto como um empecilho ao crescimento econômico, já que juros mais altos tendem a esfriar os gastos”.
558 mil famílias excluídas do Auxílio Brasil
A queda de confiança do consumidor brasileiro atinge todas as classes sociais. Porém, ela é maior entre as camadas mais pobres da sociedade. E se depender de Jair Bolsonaro a situação tende a piorar, mesmo com a entrada em vigor do Auxílio Brasil – o programa eleitoreiro, sem consistência e sem futuro, do seu governo ultraneoliberal. Ele começou a ser pago na semana retrasada a 14,5 milhões de famílias.
Mas como registra matéria do site UOL, “o total de benefícios não é suficiente para atender nem as famílias em extrema pobreza (renda individual de até R$ 89 por mês). Há 15,06 milhões de famílias nessa situação. Ou seja, 558 mil famílias a mais do que os benefícios disponíveis. Até maio deste ano, o número de benefícios era maior que o de miseráveis. Com a crise e o crescimento da pobreza, isso se inverteu em junho e passou a piorar mês a mês”.
O site ainda alerta que o número de famílias em extrema pobreza que não é atendido pode ser muito maior do que esses 558 mil. E a reportagem também lembra que “a promessa do ministro João Roma (Republicanos) era de que o Auxílio Brasil ajudasse 17 milhões, segundo estimou em outubro. Agora, o governo diz que esse número só deverá ser alcançado em dezembro. Com isso, cerca de 2,5 milhões de famílias aguardam ingresso no programa em uma fila de espera”.
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