O ministro-pastor Milton Ribeiro é um completo desastre. Ele agora coloca em risco o sonho de 3,1 milhões de jovens que participarão daqui a duas semanas do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). Fruto da sua incompetência, 31 técnicos e coordenadores pediram demissão nesta semana do Ministério da Educação. A debandada abre uma gravíssima crise no setor.
Responsáveis pela elaboração e aplicação das provas, os demissionários acusam o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), Danilo Dupas, de promover o desmonte do principal órgão do MEC. “Está saindo todo mundo do sistema de monitoramento de incidentes, que é o radar do Inep para solucionar os problemas de aplicação do Enem. O exame vai ser realizado num voo às cegas”, explicou ao jornal Estadão uma servidora do instituto.
A tragédia causada por Bolsonaro
A debandada só comprova o crime praticado pelo “capetão” Bolsonaro nessa área estratégica. Conforme lembra Ricardo Kotscho, em postagem indignada no site UOL, “Milton Ribeiro é o quarto ministro da Educação e Danilo Dupas é o quarto presidente do Inep neste governo. A cada troca, a situação só piora. E olhem que um dos seus antecessores foi o inefável Abraham Weintraub, aquele que queria prender os ministros do Supremo Tribunal Federal, e acabou no exílio dourado do Banco Mundial, em Washington”.
Em carta aberta divulgada na segunda-feira (8), os coordenadores e técnicos demissionários explicaram que entregaram seus cargos por causa da “fragilidade técnica e administrativa da atual gestão máxima do Inep”. Eles também acusaram Danilo Dupas por tomar decisões sem critérios técnicos, realizar assédio moral e se omitir de responsabilidades.
Segundo o Estadão, “o número atual de pedidos de demissão representa 58% dos coordenadores do Inep, que são cargos de liderança. Muitos substitutos dos coordenadores estão saindo... O Inep tem atualmente 164 servidores ocupantes de cargos. Até agora, quase 20% deles deixaram seus cargos. A debandada afeta, principalmente, a Diretoria de Planejamento de Gestão, que abrange duas áreas ligadas diretamente à aplicação da prova e à logística”.
Grave risco para a realização dos exames
“Os servidores que pediram exoneração de seus cargos têm experiência na aplicação da prova e quase todos participaram da equipe para gestão de incidentes no ano passado, que cuida de eventuais problemas no dia do exame. Com as saídas agora, não está claro quem fará parte desse comitê de crise”.
Uma das servidoras que pediu exoneração garante que, com as saídas, será impossível criar esse grupo com técnicos para resolver incidentes. “Todos os servidores que cuidam da logística de aplicação do exame entregaram os cargos e o órgão fica meio acéfalo sobre quem toma a decisão neste momento”. A realização do Enem, segundo ela, está em risco.
Diante desse quadro caótico, que perturba 3,1 milhões de estudantes e outros milhões de familiares, o deputado federal Israel Batista (PV-DF), presidente da Frente Parlamentar Mista da Educação, pediu a convocação do sinistro-pastor Milton Ribeiro para dar explicações na Comissão de Educação da Câmara Federal. "A preocupação é imensa, as provas estão prestes a ser realizadas e o Enem está, sim, sob grave ameaça neste momento", argumentou.
Intimidação, assédio e insegurança psicológica
Já a Associação de Servidores do Inep (Assinep) confirmou o assédio moral do presidente do órgão e alertou que o Enem está "em risco" pelo clima de medo instaurado. "Só restou aos servidores tomarem essa atitude para que consigam ser ouvidos e para que o Ministério da Educação tome as providências necessárias para que voltemos a ter condições de realizar nosso trabalho com harmonia e segurança", afirma o presidente da Assinep, Alexandre Retamal.
Em nota distribuída à sociedade, a Assinep relata que "o clima organizacional é de desconfiança, intimidação, assédio, perseguição e insegurança psicológica... O trabalho dos servidores e gestores é desvalorizado". O documento afirma que Danilo Dupas "não ouve sequer os ocupantes de cargos comissionados".
Sufoco e desespero da juventude
Já a União Brasileira de Estudantes Secundaristas (Ubes) quer responsabilizar o governo por qualquer problema no Enem. Para Rozana Barroso, presidente da entidade, “os sonhos da juventude brasileira estão em jogo nesse momento... Com a situação atual, já se espera problemas no Enem, pela falta de responsabilidade do MEC e do Inep. Se isso ocorrer, queremos que as autoridades sejam responsabilizadas”.
A dirigente da Ubes está entre as candidatas que pretende fazer o exame em 2021. Conforme descreveu à Folha, "esse tanto de bagunça me deixa muito desmotivada - a mim e a milhões de jovens. O jovem brasileiro quer trabalhar e não tem emprego, quer estudar e não tem Enem organizado. É um cenário de sufoco para a juventude, de desespero. Parece que tudo o que a gente sonha o governo Bolsonaro, o Ministério da Educação e o Inep têm o objetivo de destruir”.
Em carta aberta divulgada na segunda-feira (8), os coordenadores e técnicos demissionários explicaram que entregaram seus cargos por causa da “fragilidade técnica e administrativa da atual gestão máxima do Inep”. Eles também acusaram Danilo Dupas por tomar decisões sem critérios técnicos, realizar assédio moral e se omitir de responsabilidades.
Segundo o Estadão, “o número atual de pedidos de demissão representa 58% dos coordenadores do Inep, que são cargos de liderança. Muitos substitutos dos coordenadores estão saindo... O Inep tem atualmente 164 servidores ocupantes de cargos. Até agora, quase 20% deles deixaram seus cargos. A debandada afeta, principalmente, a Diretoria de Planejamento de Gestão, que abrange duas áreas ligadas diretamente à aplicação da prova e à logística”.
Grave risco para a realização dos exames
“Os servidores que pediram exoneração de seus cargos têm experiência na aplicação da prova e quase todos participaram da equipe para gestão de incidentes no ano passado, que cuida de eventuais problemas no dia do exame. Com as saídas agora, não está claro quem fará parte desse comitê de crise”.
Uma das servidoras que pediu exoneração garante que, com as saídas, será impossível criar esse grupo com técnicos para resolver incidentes. “Todos os servidores que cuidam da logística de aplicação do exame entregaram os cargos e o órgão fica meio acéfalo sobre quem toma a decisão neste momento”. A realização do Enem, segundo ela, está em risco.
Diante desse quadro caótico, que perturba 3,1 milhões de estudantes e outros milhões de familiares, o deputado federal Israel Batista (PV-DF), presidente da Frente Parlamentar Mista da Educação, pediu a convocação do sinistro-pastor Milton Ribeiro para dar explicações na Comissão de Educação da Câmara Federal. "A preocupação é imensa, as provas estão prestes a ser realizadas e o Enem está, sim, sob grave ameaça neste momento", argumentou.
Intimidação, assédio e insegurança psicológica
Já a Associação de Servidores do Inep (Assinep) confirmou o assédio moral do presidente do órgão e alertou que o Enem está "em risco" pelo clima de medo instaurado. "Só restou aos servidores tomarem essa atitude para que consigam ser ouvidos e para que o Ministério da Educação tome as providências necessárias para que voltemos a ter condições de realizar nosso trabalho com harmonia e segurança", afirma o presidente da Assinep, Alexandre Retamal.
Em nota distribuída à sociedade, a Assinep relata que "o clima organizacional é de desconfiança, intimidação, assédio, perseguição e insegurança psicológica... O trabalho dos servidores e gestores é desvalorizado". O documento afirma que Danilo Dupas "não ouve sequer os ocupantes de cargos comissionados".
Sufoco e desespero da juventude
Já a União Brasileira de Estudantes Secundaristas (Ubes) quer responsabilizar o governo por qualquer problema no Enem. Para Rozana Barroso, presidente da entidade, “os sonhos da juventude brasileira estão em jogo nesse momento... Com a situação atual, já se espera problemas no Enem, pela falta de responsabilidade do MEC e do Inep. Se isso ocorrer, queremos que as autoridades sejam responsabilizadas”.
A dirigente da Ubes está entre as candidatas que pretende fazer o exame em 2021. Conforme descreveu à Folha, "esse tanto de bagunça me deixa muito desmotivada - a mim e a milhões de jovens. O jovem brasileiro quer trabalhar e não tem emprego, quer estudar e não tem Enem organizado. É um cenário de sufoco para a juventude, de desespero. Parece que tudo o que a gente sonha o governo Bolsonaro, o Ministério da Educação e o Inep têm o objetivo de destruir”.
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