Por Altamiro Borges
O site UOL informa que funcionários da Igreja Mundial do Poder de Deus, do milionário "apóstolo" Valdemiro Santiago, entraram em greve nesta quarta-feira (10). Eles reclamam de atrasos no salário e no vale-alimentação, e do não depósito do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), entre outras irregularidades trabalhistas.
Segundo o colunista Ricardo Feltrin, as queixas dos obreiros são antigas. "No início desse ano a coluna já havia informado que os funcionários denunciaram a igreja para as autoridades por excesso de aglomeração de pessoas em local fechado”. A greve por tempo indeterminado é apoiada pelo Sindicato dos Radialistas de São Paulo.
“Em resposta ao sindicato, a igreja de Valdemiro alegou que não tem ‘recursos’ para fazer os pagamentos agora... Não foi divulgado o número exato de grevistas, mas é a maioria da casa. Apenas cargos de gerente e direção estão trabalhando no momento em que este texto é publicado. A igreja está funcionando na base de reprises” na televisão, relata o UOL.
O repasse de mais de R$ 1,2 milhão em 2020
Já o site Metrópoles informa que a instituição religiosa é acusada de não cumprir os acordos trabalhistas. “Encabeçado pelo Sindicato dos Radialistas, o movimento afirma em nota que a situação vem se arrastando a tempos sem solução. Segundo os organizadores, a igreja afirmou que iria regularizar a situação em diversas reuniões, mas não cumpriu com o combinado. Operadores de áudio e imagem, jornalistas e trabalhadores administrativos estão entre os que pararam”.
Ainda segundo a matéria, a Igreja Mundial do Poder de Deus “banca os programas apresentados por Valdemiro Santiago na tevê. Com a paralisação, apenas reprises estão sendo transmitidas no canal da instituição”. O site também lembra que, segundo processos na Justiça, “há fortes indícios de que a instituição religiosa, fundada por Valdemiro Santiago, estaria transferindo seu patrimônio para o apóstolo. A igreja foi criada em 1998 e teria repassado a ele mais de R$ 1,2 milhão só no decorrer de 2020 – ou seja, mais de R$ 100 mil por mês”.
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