segunda-feira, 18 de janeiro de 2021

Pazuello apodrece e leva o Exército com ele

Por Fernando Brito, em seu blog:

Furibundo, coube ao general Eduardo Pazuello anunciar, com entonação marcial, como “vitória” a acachapante derrota de Jair Bolsonaro na guerra da vacina.

Disse que poderia ter sido o primeiro a vacinar, sem explicar como faria isso sem uma dose sequer de vacina nas mãos e, pior, contando com a vacina obtida por São Paulo, cujo governador foi por ele chamado de aplicador de “golpes de marketing”.

Coisa que, é claro, Doria fez, mas com vacina, enquanto Pazuello limitava-se ao “Dia D e Hora H”, que só acontecerão na quarta-feira por conta da vacina paulista.

Maré virada contra Bolsonaro

Por Tereza Cruvinel, no site Brasil-247:


Em novembro, quando a Anvisa determinou que o Instituto Butantan suspendesses os testes com a vacina Coronavac por conta de uma ocorrência adversa (a morte de um voluntário, que em verdade cometera suicídio), Bolsonaro correu para as redes sociais: “Mais uma que Jair Bolsonaro ganha”.

Ontem foram muitas as que Jair Bolsonaro perdeu, e ele calado ficou. Em algum país o governante calou-se no início da vacinação?

Bolsonaro perdeu a aposta contra a vacina e também contra o rival João Dória.

A Anvisa mostrou sua cara e confirmou sua independência, decidindo por critérios científicos aprovar as vacinas Oxford-Astrazenica (que ainda não temos), e a Coronavac. E ainda desmoralizou o charlatanismo de Bolsonaro e Pazuello ao proclamar: não existem remédios contra a Covid.

Seja predador. Seja banqueiro

Por Ladislau Dowbor, no site Outras Palavras:

O Valor Econômico: Grandes Grupos (1), publicado nesta virada de ano, apresenta a evolução dos duzentos maiores grupos econômicos do país. Baseado em dados de 2019, portanto antes do impacto da pandemia, o estudo constata que “dos quatro setores analisados, apenas o setor de Finanças registrou aumento no lucro líquido (27,1%). Comércio (-6,8%), Indústria (-7,8%) e Serviços (-34,8%) caminharam para trás”. Trata-se não do conjunto da economia, mas dos grandes grupos, onde as finanças predominam. O estudo ressalta “o bom desempenho da área financeira, sobretudo bancos, cuja fatia no lucro líquido consolidado dos 200 maiores aumentou de 37,7% para 48,9%” (p.12).

A crise de legitimidade de Bolsonaro

Por Juarez Guimarães, no site A terra é redonda:

Após as eleições presidenciais de 2018, realizadas já em um ambiente de colapso democrático na sequência do golpe de 2016, houve um debate sobre como qualificar politicamente o novo governo, como avaliar a sua força e estabilidade e sobre qual caminho estratégico para enfrentá-lo. As divergências aí surgidas estão na base da dificuldade de unidade e de protagonismo nacional das esquerdas, que se manifestou durante estes dois últimos anos e nitidamente nas eleições municipais de 2020. Por isso, longe de ser apenas um exercício retrospectivo, um balanço de dois anos do governo Bolsonaro deve ser capaz de criar um campo de previsão, condicionado e prudencial, sobre sua dinâmica neste ano de 2021 capaz de orientar uma diretriz e um campo unitários de ação das esquerdas brasileiras.

O direito positivo é contraditório

Por José Geraldo Santana Oliveira

O ministro aposentado Carlos Ayres Brito, ao tomar posse no cargo de presidente do Supremo Tribunal Federal, aos 19 de abril de 2012, ressaltou que o cumprimento da Constituição, em primeiro lugar, e das leis, complementarmente, constituem-se em obrigação inarredável de todos quantos ocupem cargos nos três poderes da República; aquele que não o fizer não terá êxito em sua investidura.

Para mais bem elucidar a relevância dessa assertiva, que é sentida e esperada por todos, fez questão de registrar o seguinte episódio, por ele vivenciado, pouco antes daquela solenidade: