sexta-feira, 29 de janeiro de 2021
Elite constrói um mundo pior no pós-pandemia
Logo depois que a Organização Mundial de Saúde reconheceu oficialmente que o mundo estava sendo assolado por uma pandemia, em março de 2020, não faltaram vaticínios de que a humanidade seria forçada a avançar no pós-pandemia.
Jornalistas, analistas, acadêmicos e até políticos e economistas conservadores sustentavam que o modelo atual de governança global e de organização da sociedade se esgotara, bem como o padrão de consumo baseado na exploração selvagem dos recursos naturais.
A maior tragédia de saúde em 100 anos levaria finalmente à afirmação do bem coletivo em detrimento do individualismo, ao fim dos ataques neoliberais ao investimento público e à derrota dos arautos da financeirização da vida e adoradores do Deus Mercado.
Falta compromisso com a vida no Amazonas
Reprodução: Junio Matos |
Desde que iniciamos o ano de 2020, não consigo abordar outro assuntou que não seja o avanço da pandemia no mundo, no Brasil, mas, sobretudo, no meu estado do Amazonas.
Ainda em abril e maio de 2020, Manaus virou notícia internacional por conta do colapso do sistema de saúde. A crise fez com que pessoas morressem não apenas pelo vírus, mas morressem pela falta de assistência. Hoje, lamentavelmente, vemos a situação se repetir com uma dose de gravidade ainda maior.
Oxigênio hospitalar
Além do colapso do sistema de saúde, da falta de leito, da falta de atendimento, na capital e no interior do estado, há mais de duas semanas convivemos com a falta do insumo fundamental à manutenção da vida, que é o oxigênio.
Saída da Ford do Brasil não é caso isolado
Da Rede Brasil Atual:
De acordo com Valter Sanches, secretário-geral da IndustriALL Global Union, o encerramento das atividades da Ford no Brasil é resultado da ausência de uma política industrial. Além disso, o enfraquecimento do mercado interno e o desastroso combate à pandemia também colaboram para o agravamento do cenário econômico.
“Infelizmente é uma porteira que está se abrindo. A saída da Ford não é um fato isolado. O Brasil está sofrendo um processo de desindustrialização já há algum tempo”, disse ele em entrevista ao Jornal Brasil Atual nesta sexta-feira (29).
Atingindo a marca de mais de 14 milhões de desempregados, “a situação tende a se agravar”, segundo Sanchez, já que o governo Bolsonaro reluta em prorrogar o auxílio emergencial.
De acordo com Valter Sanches, secretário-geral da IndustriALL Global Union, o encerramento das atividades da Ford no Brasil é resultado da ausência de uma política industrial. Além disso, o enfraquecimento do mercado interno e o desastroso combate à pandemia também colaboram para o agravamento do cenário econômico.
“Infelizmente é uma porteira que está se abrindo. A saída da Ford não é um fato isolado. O Brasil está sofrendo um processo de desindustrialização já há algum tempo”, disse ele em entrevista ao Jornal Brasil Atual nesta sexta-feira (29).
Atingindo a marca de mais de 14 milhões de desempregados, “a situação tende a se agravar”, segundo Sanchez, já que o governo Bolsonaro reluta em prorrogar o auxílio emergencial.
As provas da promiscuidade de Curitiba
Por Fernando Brito, em seu blog:
Os diálogos revelados ontem à noite pela revista Veja não prova apenas o que todos já sabem sobre a parcialidade de Sergio Moro nos processos movidos contra o ex-presidente Lula em razão da Operação Lava Jato.
Atesta que ele e os procuradores chefiados por Deltan Dallagnol agiam em absoluta promiscuidade, numa associação para delinquir contra o sistema judicial.
Você pode ver aqui os diálogos que a revista transcreve, todos já periciados e dados como verdadeiros.
Moro orienta e combina pedidos de perícia, encomenda manifestações do MP, define o que os delatores podem ou não tratar em depoimentos, cobra a anexação de documentos, interfere nas articulações com agentes suíços e norte-americano para que estes produzam provas.
Os diálogos revelados ontem à noite pela revista Veja não prova apenas o que todos já sabem sobre a parcialidade de Sergio Moro nos processos movidos contra o ex-presidente Lula em razão da Operação Lava Jato.
Atesta que ele e os procuradores chefiados por Deltan Dallagnol agiam em absoluta promiscuidade, numa associação para delinquir contra o sistema judicial.
Você pode ver aqui os diálogos que a revista transcreve, todos já periciados e dados como verdadeiros.
Moro orienta e combina pedidos de perícia, encomenda manifestações do MP, define o que os delatores podem ou não tratar em depoimentos, cobra a anexação de documentos, interfere nas articulações com agentes suíços e norte-americano para que estes produzam provas.
Crimes de Bolsonaro justificam o impeachment
Editorial do site Vermelho:
Com a lista detalhada dos crimes cometidos por Bolsonaro na sua ação paralisante ante o coronavírus – crimes cometidos por ignorância, arrogância e desprezo pela vida dos brasileiros – seis partidos de posição apresentaram, nesta quarta-feira (27), o 63º pedido de impeachment do presidente.
Os líderes do PCdoB, PT, PSB, PDT, PSOL e REDE justificam a exigência do fim do mandato de Bolsonaro por sua evidente responsabilidade pela catástrofe em Manaus (AM), mas vão além e listam as omissões e a ausência de medidas do presidente em relação à epidemia que já matou mais de 220 mil brasileiros.
E afirmam: “Tal postura, omissões e descasos com a saúde dos brasileiros, foram tecnicamente identificados em Acórdão do Tribunal de Contas da União (Autos da TC 016.708/2020-2)”.
Com a lista detalhada dos crimes cometidos por Bolsonaro na sua ação paralisante ante o coronavírus – crimes cometidos por ignorância, arrogância e desprezo pela vida dos brasileiros – seis partidos de posição apresentaram, nesta quarta-feira (27), o 63º pedido de impeachment do presidente.
Os líderes do PCdoB, PT, PSB, PDT, PSOL e REDE justificam a exigência do fim do mandato de Bolsonaro por sua evidente responsabilidade pela catástrofe em Manaus (AM), mas vão além e listam as omissões e a ausência de medidas do presidente em relação à epidemia que já matou mais de 220 mil brasileiros.
E afirmam: “Tal postura, omissões e descasos com a saúde dos brasileiros, foram tecnicamente identificados em Acórdão do Tribunal de Contas da União (Autos da TC 016.708/2020-2)”.
O rótulo de "liberal" e os canastrões
Por Luis Felipe Miguel
Um dos problemas do liberalismo no Brasil é que o rótulo de "liberal" foi usurpado por canastrões caricatos, que o reduzem a uma forma rasa de cinismo.
Um dos problemas do liberalismo no Brasil é que o rótulo de "liberal" foi usurpado por canastrões caricatos, que o reduzem a uma forma rasa de cinismo.
Um deles é Hélio Beltrão Jr., a quem a Folha dá, semanalmente, espaço para difundir asneiras austríacas. E também, como faz hoje, falar sobre a conjuntura.
A coluna tem o título pouco elucidativo "Histeria generalizada", mas a linha fina deixa claro qual é o tema: "A incompetência do Executivo será avaliada em 2022".
Em suma, a "histeria" é a campanha pela retirada de Bolsonaro do cargo.
Beltrão Jr. diz que governo "é barulhento" e reconhece até que "cometeu erros" - mas "sobretudo, erros de comunicação".
As elites e o impeachment à brasileira
Por Marcos Coimbra, no site Brasil-247:
Nossa história nos está dando uma oportunidade única: ver, através de casos concretos, todos recentes, o que pensam e como atuam as elites brasileiras – os muito ricos, a cúpula dos Poderes, os chefes militares, os barões da imprensa e sua turma – em relação à instituição do impeachment presidencial.
Por extensão, como se comportam e quanto prezam as instituições democráticas, de forma geral.
Em trinta anos, o sistema politico lidou com quatro situações de impeachment, o que é, provavelmente, um recorde mundial.
Dois foram concluídos, com as destituições de Fernando Collor e Dilma Rousseff. Um foi rapidamente abortado, quando Michel Temer sobreviveu a uma denúncia de extrema gravidade, pior que as enfrentadas por seus dois antecessores. Nem Collor havia sido flagrado armando jogadas com um corruptor confesso.
Nossa história nos está dando uma oportunidade única: ver, através de casos concretos, todos recentes, o que pensam e como atuam as elites brasileiras – os muito ricos, a cúpula dos Poderes, os chefes militares, os barões da imprensa e sua turma – em relação à instituição do impeachment presidencial.
Por extensão, como se comportam e quanto prezam as instituições democráticas, de forma geral.
Em trinta anos, o sistema politico lidou com quatro situações de impeachment, o que é, provavelmente, um recorde mundial.
Dois foram concluídos, com as destituições de Fernando Collor e Dilma Rousseff. Um foi rapidamente abortado, quando Michel Temer sobreviveu a uma denúncia de extrema gravidade, pior que as enfrentadas por seus dois antecessores. Nem Collor havia sido flagrado armando jogadas com um corruptor confesso.
Mourão é um troglodita inepto
Por Gilberto Maringoni, no Diário do Centro do Mundo:
Hamilton Mourão foi humilhado e pisoteado em praça pública, com requintes de sadismo, por Bolsonaro, nesta quinta (28).
“Se quiser escolher ministro, se candidate em 2022”, sentenciou o titular do Planalto.
Mourão é um obtuso, cuja cabeça só serve para seguidas aplicações de Henê Maru, que lhe garante reluzentes cabelos pretos.
Em 2015 exibiu toda sua estupidez em ameaça golpista contra Dilma Rousseff, o que lhe valeu a destituição do Comando Militar Sul.
É um troglodita inepto até para conspiratas.
“Se quiser escolher ministro, se candidate em 2022”, sentenciou o titular do Planalto.
Mourão é um obtuso, cuja cabeça só serve para seguidas aplicações de Henê Maru, que lhe garante reluzentes cabelos pretos.
Em 2015 exibiu toda sua estupidez em ameaça golpista contra Dilma Rousseff, o que lhe valeu a destituição do Comando Militar Sul.
É um troglodita inepto até para conspiratas.
Sindicalismo como polo de nacionalidade
Por João Guilherme Vargas Netto
A maior vitória sindical durante o século XXI (e me refiro a uma vitória no palco mundial) foi a conquista, a garantia e a legalização da política de valorização do salário mínimo no Brasil, agora abandonada pelo governo.
As centrais sindicais durante uma década travaram uma luta constante, unitária e opiniática com a realização das marchas à Brasília e a inestimável ajuda do Dieese exigindo a valorização, garantindo sua continuidade (nos governos FHC e Lula) e conquistando a lei que institucionalizou (com a presidente Dilma) a conquista.
Ao agirem assim as centrais sindicais demonstraram sua relevância na sociedade brasileira reivindicando uma política (e negociando sua validação) que ia muito além – em termos sociais – de suas bases organizadas e se concretizava em ganhos para milhões de trabalhadores (formais e informais), para os aposentados, para as prefeituras e, no fim das contas, para toda economia brasileira.
A maior vitória sindical durante o século XXI (e me refiro a uma vitória no palco mundial) foi a conquista, a garantia e a legalização da política de valorização do salário mínimo no Brasil, agora abandonada pelo governo.
As centrais sindicais durante uma década travaram uma luta constante, unitária e opiniática com a realização das marchas à Brasília e a inestimável ajuda do Dieese exigindo a valorização, garantindo sua continuidade (nos governos FHC e Lula) e conquistando a lei que institucionalizou (com a presidente Dilma) a conquista.
Ao agirem assim as centrais sindicais demonstraram sua relevância na sociedade brasileira reivindicando uma política (e negociando sua validação) que ia muito além – em termos sociais – de suas bases organizadas e se concretizava em ganhos para milhões de trabalhadores (formais e informais), para os aposentados, para as prefeituras e, no fim das contas, para toda economia brasileira.