terça-feira, 16 de fevereiro de 2021

‘Damares da Goiabeira’ ataca direitos humanos

Por Altamiro Borges

A fundamentalista Damares Alves nunca escondeu o seu desejo de destruir o Plano Nacional de Direitos Humanos (PNDH-3), lançado pelo governo Lula em 2009. Com esse intento obsessivo, a ministra – também apelidada de "Damares da Goiabeira" – baixou na quarta-feira passada (10) a portaria número 457/21 para "revisar" o plano sem a participação da sociedade civil.

A medida do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos – que deveria ser chamado de Ministério do Preconceito e do Ódio – impõe uma comissão composta apenas por membros do executivo para alterar o PNDH. Ela afronta a Constituição Federal e todos os tratados internacionais de direitos humanos que afirmam a necessidade da participação e controle social.

João Doria é uma figura banal da política

Por Luis Felipe Miguel

João Doria é uma figura banal da política. Aquele que foi pinçado da obscuridade por um padrinho político que viu nele alguém que se encaixaria na estratégia de marketing do momento - e viu também uma qualidade principal, a ausência de luz própria, que impediria que depois ele se convertesse num rival.

O problema é que não carece luz própria. Basta a luz que o cargo dá. E, como costuma acontecer nesses casos, o projeto de fantoche virou, sim, rival.

Mas Doria - e isso também faz parte do script - acreditou que chegou aonde chegou por seus méritos próprios, sua esperteza, tirocínio político e carisma avassalador. E começou a tentar dar passos maiores que as pernas.

A falência do jornalismo investigativo

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Em plena efervescência da Lava Jato, o grande Audálio Dantas organizou um evento em Tiradentes (MG) para discutir a cobertura da operação. Foram convidados – e compareceram – os maiores defensores da Lava Jato na grande imprensa, incluindo Miriam Leitão. Fui convidado na condição de crítico da operação.

Na minha apresentação – para minha surpresa – uma experiente repórter, já aposentada, das melhores que a mídia produziu, e, ali, representando a Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo), me questionou:

– Você está criticando tanto. O que teria feito de diferente?

Confesso minha total surpresa. Um jornalista experiente jamais qualificaria aquela cobertura, meros repassadores de releases, como atividade jornalística. Até fiz blague com ela: A primeira coisa que faria seria te contratar para fazer reportagem de verdade.

Por que só temos duas vacinas até agora?

Por Tereza Cruvinel, no site Brasil-247:


Os Estados Unidos vão se afastando a passos largos da condição de epicentro global da pandemia, enquanto o Brasil, com sua vacinação desastrada, vai se credenciando a substitui-lo.

Se aqui o governo Bolsonaro não demonstra a menor pressa em acelerar a vacinação, lá o que vem fazendo a diferença é o empenho do novo governo: o presidente Joe Biden poderá em breve cumprir a promessa de vacinar 100 milhões de americanos nos primeiros cem dias de governo, se for mantida a média diária de vacinação de 1,6 milhão de pessoas por dia.

Com o avanço da vacinação, as médias móveis de mortes e de contaminações nos Estados Unidos já caíram a um terço de 20 de janeiro para cá.

Na vala de Moro, volver!

Por Fernando Brito, em seu blog:

Durante muito tempo “analista militar ” da Folha de S. Paulo, Igor Gielow é dos repórteres do jornal paulista que mais acessos e fontes tem nas Forças Armadas.

A sua narrativa, hoje, sobre os bastidores da conspiração militar do então comandante do Exército, Eduardo Villas Bôas – a expressão não é apenas minha, mas também da insuspeita Miriam Leitão, hoje, em sua coluna “Três generais e uma desonra” – é parte da conclusão aterradora de que tivemos – e será que ainda temos? – um “Partido dos Generais”, disposto a reuniões secretas de seu “Comitê Central” para decidir apenas entre eles quais são os rumos que o país pode tomar.

"Folha" se move para as eleições de 2022

Por Lidiane Vieira, André Madruga e João Feres Jr. no site Manchetômetro:

Após a consolidação da vitória de Joe Biden nas eleições presidenciais dos Estados Unidos, no dia 14 de novembro, a Folha de S. Paulo publicou editorial intitulado “Os centros se movem”. O texto veio a público depois de cobertura feita pelo jornalista Fábio Zanini acerca de encontros e possíveis alianças entre João Doria, Luciano Huck e Sérgio Moro. Do título ao desfecho, no qual o jornal expressa afobação em garantir a derrota de Bolsonaro e da esquerda em 2022, o texto revela um segredo que leitores mais atentos já conhecem, a imprensa tem lado e por isso se move.

Democracia brasileira exala cheiro de morte

Por Jeferson Miola, em seu blog:

A democracia brasileira foi golpeada à morte; é um cadáver que exala cheiro de morte. A retórica hipócrita das “instituições funcionando normalmente” não passa de simulacro para simular que ainda existe vida democrática e ordem constitucional.

O simulacro serve apenas para distrair a atenção acerca da escalada metódica e incremental do poder militar: estamos no trânsito vertiginoso da mudança de regime, de civil para militar.

Diferente dos atentados perpetrados pelos militares no século 20 contra o poder civil e a democracia, neste golpe os métodos estratégicos e as armas sub-reptícias substituíram canhões, coturnadas, tiros de fuzil e assassinatos em massa.

O império Globo e o seu Coliseu, o BBB

Por Douglas Belchior, no Portal Geledés:

O participante de um BBB é um gladiador moderno. O gladiador era um escravo lutador na Roma Antiga. Numa época em que a maioria dos romanos viviam na miséria, essa era uma atividade de recreação muito atrativa para o grande público. Combatentes se enfrentavam na arena e a luta só terminava quando um deles ficava desarmado, gravemente ferido ou morto. O responsável pela luta determinava se o derrotado deveria morrer ou não. O povo influenciava muito na decisão. Da plateia, manifestavam se queriam ou não a morte do derrotado – como quem vota pela internet hoje em dia.

A manipulação da informação nas redes sociais

Por Marcos Aurélio Ruy, no site da CTB:

Dando sequência ao tema sobre a propriedade dos dados pessoais e o respeito à privacidade das pessoas na internet, publicamos esta entrevista com a jornalista Renata Mielli, secretária-geral do Centro de Estudos de Mídia Alternativa Barão de Itararé, integrante da Coalizão Direitos da Rede e estudante do programa de pós-graduação em Ciências da Comunicação, da Escola de Comunicação e Artes, da Universidade de São Paulo. A primeira reportagem foi publicada nesta segunda-feira (15).

Renata explicita as questões políticas envolvendo o debate sobre o armazenamento, o tratamento e a utilização dos dados pessoais e aponta para a amplitude das leis sobre a necessária regulação da internet mesmo sob a ótica do mundo capitalista.

Marx, Engels e a "Nova Gazeta Renana"

Do site da Editora Expressão Popular:


Esta edição completa inédita de Karl Marx e Friedrich Engels, organizada e traduzida do alemão pela consagrada cientista social marxiana Lívia Cotrim (1958-2019), reúne os artigos publicados no diário da Liga dos Comunistas, Nova Gazeta Renana, no período da Revolução Alemã e da contrarrevolução na Europa (1º de junho de 1848 – 19 de maio de 1849), em dois volumes: o primeiro com os artigos de Marx e o segundo com os artigos de Engels.