Por Altamiro Borges
Depois de Luciano Huck, que renovou seu contrato com a TV Globo até 2025 e turvou as especulações sobre sua candidatura em 2022, agora é a vez do ex-juizeco e ex-ministro Sergio Moro frustrar a galera do chamado centro político – que agrega muita gente da direita nativa. A revista Veja garante que o paparicado herói da mídia “está fora da disputa pela Presidência da República”.
Segundo notinha de quinta-feira passada (6), “há duas semanas, o Radar mostrou que Sergio Moro, em conversas com aliados políticos, havia estipulado o mês de outubro como prazo para definir sua possível entrada na disputa presidencial. Na mesma nota, o Radar mostrou que ele havia optado por se filiar ao Podemos, caso decidisse pelo caminho político”.
domingo, 9 de maio de 2021
Pazuello será alvo de condução coercitiva?
Por Altamiro Borges
Rotulado de general-fujão nas redes sociais, Eduardo Pazuello, o ex-sinistro de Jair Bolsonaro que carrega mais de 300 mil mortos nas costas, pelo jeito não terá como escapar da CPI do Genocídio. O jornal Estadão informa que os senadores já falam em pedir a "condução coercitiva" do milico para garantir seu tão aguardado depoimento.
"Os senadores citaram a medida após o Estadão revelar que Pazuello recebeu, na manhã desta quinta-feira (6), uma visita do ministro Onyx Lorenzoni (Secretaria-Geral da Presidência) no Hotel de Trânsito de Oficiais [em Brasília], onde supostamente estaria em isolamento depois de ter contato com dois servidores que contraíram a Covid-19".
Rotulado de general-fujão nas redes sociais, Eduardo Pazuello, o ex-sinistro de Jair Bolsonaro que carrega mais de 300 mil mortos nas costas, pelo jeito não terá como escapar da CPI do Genocídio. O jornal Estadão informa que os senadores já falam em pedir a "condução coercitiva" do milico para garantir seu tão aguardado depoimento.
"Os senadores citaram a medida após o Estadão revelar que Pazuello recebeu, na manhã desta quinta-feira (6), uma visita do ministro Onyx Lorenzoni (Secretaria-Geral da Presidência) no Hotel de Trânsito de Oficiais [em Brasília], onde supostamente estaria em isolamento depois de ter contato com dois servidores que contraíram a Covid-19".
Bancos têm lucros obscenos em plena pandemia
Ilustração: Craig Stephens |
A pandemia da Covid-19 agravou ainda mais a crise brasileira – com milhares de empresas falidas e milhões de desempregados, de famintos e de desesperados. Mas, apesar do caos econômico, os bancos privados seguem com seus superlucros indecentes e revoltantes. O Brasil é, de fato, o paraíso dos banqueiros.
Nos últimos dias, as três principais instituições financeiras divulgaram os seus resultados do primeiro trimestre deste ano. Bradesco, Itaú e Santander lucraram, juntos, R$ 16,9 bilhões – 46,9% mais do que no mesmo período de 2020 e R$ 300 milhões acima da soma dos lucros registrados no primeiro trimestre de 2019.
Neoliberais não cairão suavemente
Foto: Manu Fernandez/AP |
A Colômbia está em chamas. É atualmente um dos países com maior número de mortos pela covid-19, ocupando o quarto lugar na região, depois de Estados Unidos, Brasil e México, tendo até agora apenas 3,5% da população totalmente vacinada e sendo parte dos países que se negam a apoiar a proposta de liberação das patentes de vacinas. É também um país que em 2020 tinha 42,5% de sua população em condição de pobreza monetária e com 15,1% em pobreza monetária extrema. A estes dados, poucos mas expressivos, podemos acrescentar que, após a assinatura do acordo de paz de 2016, foram assassinados entre 700 e 1.100 defensores e defensoras dos direitos humanos (as cifras variam, entra as ONGs e as instituições governamentais). As zonas que antes foram domínio das FARC-EP estão agora em disputa por parte de distintos grupos armados ilegais que, além de almejarem interesses econômicos (narcotráfico e mineração ilegal) também trazem consigo um horrível e sangrento interesse de controle sobre a população civil, que afeta gravemente o tecido social, e é apenas a ponta do iceberg do novo panorama que se desenha no país.
Alexandre Garcia e Nagle com medo da CPI
Por João Filho, no site The Intercept-Brasil:
O jornalista Alexandre Garcia ficou contrariado quando seu colega da CNN Rafael Colombo fez uma pergunta simples, mas que lhe soou como uma provocação. O assunto era a ameaça de decreto feita pelo presidente na última quinta contra as medidas de lockdown adotadas por governadores e prefeitos. Alinhado ao bolsonarismo até o osso, Garcia disse que o presidente estava apenas garantindo o cumprimento do artigo 5º da Constituição, que garante o direito de ir e vir dos brasileiros. Colombo observou então que esse mesmo artigo da Constituição garante também o direito à vida e devolveu a palavra para Garcia. O jornalista se calou, ficou em silêncio por 13 segundos, aparentemente em forma de protesto. Ao final da pausa dramática, emendou “eu não estou sendo entrevistado” e “não sei se volto amanhã”.
O jornalista Alexandre Garcia ficou contrariado quando seu colega da CNN Rafael Colombo fez uma pergunta simples, mas que lhe soou como uma provocação. O assunto era a ameaça de decreto feita pelo presidente na última quinta contra as medidas de lockdown adotadas por governadores e prefeitos. Alinhado ao bolsonarismo até o osso, Garcia disse que o presidente estava apenas garantindo o cumprimento do artigo 5º da Constituição, que garante o direito de ir e vir dos brasileiros. Colombo observou então que esse mesmo artigo da Constituição garante também o direito à vida e devolveu a palavra para Garcia. O jornalista se calou, ficou em silêncio por 13 segundos, aparentemente em forma de protesto. Ao final da pausa dramática, emendou “eu não estou sendo entrevistado” e “não sei se volto amanhã”.
Pazuello prepara seu silêncio
Por Fernando Brito, em seu blog:
Noticia O Globo que o general Eduardo Pazuello estaria cogitando pedir ao Supremo Tribunal Federal um habeas corpus para que a condição de seu depoimento seja a de investigado – que permite calar-se para não se incriminar – e não a de testemunha, sujeita à prisão por ocultar a verdade.
É seu direito e é provável que o consiga no STF.
Diz ainda o jornal que o general teria pedido para que não se publicasse sua nomeação para um cargo na Secretaria de Governo, já assinada general da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos.
É seu direito e é provável que o consiga no STF.
Diz ainda o jornal que o general teria pedido para que não se publicasse sua nomeação para um cargo na Secretaria de Governo, já assinada general da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos.
Ódio e medo no planeta mídia
Por João Paulo Cunha, no jornal Brasil de Fato:
A imprensa familiar tem um histórico de desserviços à democracia brasileira. Sempre foi defensora do projeto das elites econômicas, esteve seguidamente ao lado de pretensões golpistas e de desestabilização das iniciativas populares e até mesmo timidamente socialdemocratas. Foi conivente com a ditadura militar (quando não colaboradora ativa), ajudou a sedimentar preconceitos, espalhar ideologias e fechou os olhos aos movimentos de resistência da sociedade.
Nem vidas, nem a economia
Charge: Becs/Argentina |
Desde os primeiros casos de Covid-19 no Brasil, já se sabia que a negligência do presidente Jair Bolsonaro no combate à crise não seria capaz de conter danos e salvar vidas. Ao contrário – a forma irresponsável como o governo lidou com o novo coronavírus foi o que mais contribuiu para converter o Brasil no epicentro mundial da pandemia, com uma média superior a 2 mil mortes diárias a partir de março passado.
Questão militar e perplexidades da esquerda
Por Roberto Amaral, em seu blog:
Uma crítica que se deve fazer à ciência política brasileira é a de não se haver detido adequadamente no estudo das forças armadas, nada obstante o papel de sujeito por elas desempenhado no curso de nossa formação, e a preeminência que sempre exerceram sobre o poder civil em toda a história republicana, mais destacadamente na sequência do golpe de 1964. Essa lacuna, porém, não é de hoje, pois se reflete já nas obras de nossos principais “intérpretes”, omissas na consideração das forças no processo sócio-político. Manoel Domingos Neto, um dos poucos cientistas brasileiros que se têm devotado ao tema, registra, entre nós, certo menoscabo ao estudo das forças armadas, lembrando que “não se exerce poder sobre o que não se conhece”, Pode-se mesmo atribuir a essa carência de estudos e reflexões muitos dos problemas que terminaram por debilitar os governos civis, quase sempre atravancados por crises militares.
Uma crítica que se deve fazer à ciência política brasileira é a de não se haver detido adequadamente no estudo das forças armadas, nada obstante o papel de sujeito por elas desempenhado no curso de nossa formação, e a preeminência que sempre exerceram sobre o poder civil em toda a história republicana, mais destacadamente na sequência do golpe de 1964. Essa lacuna, porém, não é de hoje, pois se reflete já nas obras de nossos principais “intérpretes”, omissas na consideração das forças no processo sócio-político. Manoel Domingos Neto, um dos poucos cientistas brasileiros que se têm devotado ao tema, registra, entre nós, certo menoscabo ao estudo das forças armadas, lembrando que “não se exerce poder sobre o que não se conhece”, Pode-se mesmo atribuir a essa carência de estudos e reflexões muitos dos problemas que terminaram por debilitar os governos civis, quase sempre atravancados por crises militares.
Persistência é uma marca da ação sindical
Por João Guilherme Vargas Netto
Durante muitos anos os trabalhadores no 1º de Maio, junto com a comemoração da data, lutavam pela jornada de oito horas. Aqui no Brasil, o abono de Natal de 1945 somente virou a lei do 13º salário depois de quase duas décadas de exigências em congressos operários, de greves e de articulações políticas. E quem não ouviu falar das dez marchas em Brasília reivindicando a política de valorização do salário mínimo (conseguida e hoje abandonada)?
Durante muitos anos os trabalhadores no 1º de Maio, junto com a comemoração da data, lutavam pela jornada de oito horas. Aqui no Brasil, o abono de Natal de 1945 somente virou a lei do 13º salário depois de quase duas décadas de exigências em congressos operários, de greves e de articulações políticas. E quem não ouviu falar das dez marchas em Brasília reivindicando a política de valorização do salário mínimo (conseguida e hoje abandonada)?
O neoliberalismo da morte na Colômbia
Por Amanda Harumy, no site Opera Mundi:
O tema que mobiliza a luta dos movimentos sociais na Colômbia é a paz, mas nos últimos dias vemos cenas de confronto e violência do Estado.
Já são mais de sete dias de uma série de protestos contra o projeto de reforma tributária proposto por Iván Duque.
A resposta para as manifestações foram ações orquestradas de terrorismo de Estado e o resultado é de pelo menos 19 mortes (sendo 18 civis e um policial) e 800 feridos, segundo informação da Defensoria Pública colombiana.
Mais uma vez os movimentos sociais e o povo colombiano se manifestam contra o avanço do neoliberalismo e a deterioração dos direitos dos colombianos.
O tema que mobiliza a luta dos movimentos sociais na Colômbia é a paz, mas nos últimos dias vemos cenas de confronto e violência do Estado.
Já são mais de sete dias de uma série de protestos contra o projeto de reforma tributária proposto por Iván Duque.
A resposta para as manifestações foram ações orquestradas de terrorismo de Estado e o resultado é de pelo menos 19 mortes (sendo 18 civis e um policial) e 800 feridos, segundo informação da Defensoria Pública colombiana.
Mais uma vez os movimentos sociais e o povo colombiano se manifestam contra o avanço do neoliberalismo e a deterioração dos direitos dos colombianos.
O doido cada vez mais doido
Por Eric Nepomuceno, no site Brasil-247:
Dizem que Einstein disse o seguinte: “Há limites para tudo, exceto para duas coisas: o Universo e a estupidez humana. E devo esclarecer que, quanto ao Universo, tenho cá minhas dúvidas”.
Nesta quarta-feira, cinco de maio, Jair Messias comprovou, uma vez mais, que no que se refere à estupidez, Einstein estava certo.
Também comprovou que quando um psicopata se sente acuado reage com mais aberrações ainda, fora de qualquer controle. E que como todo bom mentiroso compulsivo, mente desbragadamente.
Entre as pérolas do dia, assegurou que seu governo é o que mais assegurou total liberdade de imprensa.
Esqueceu, com certeza, os seguidíssimos ataques que faz contra os meios de comunicação.
Que deu ordens estritas para cortar publicidade oficial, exceto nos seguidores exaltados.
Dizem que Einstein disse o seguinte: “Há limites para tudo, exceto para duas coisas: o Universo e a estupidez humana. E devo esclarecer que, quanto ao Universo, tenho cá minhas dúvidas”.
Nesta quarta-feira, cinco de maio, Jair Messias comprovou, uma vez mais, que no que se refere à estupidez, Einstein estava certo.
Também comprovou que quando um psicopata se sente acuado reage com mais aberrações ainda, fora de qualquer controle. E que como todo bom mentiroso compulsivo, mente desbragadamente.
Entre as pérolas do dia, assegurou que seu governo é o que mais assegurou total liberdade de imprensa.
Esqueceu, com certeza, os seguidíssimos ataques que faz contra os meios de comunicação.
Que deu ordens estritas para cortar publicidade oficial, exceto nos seguidores exaltados.
As pedras no caminho do Partido dos generais
Por Jeferson Miola, em seu blog:
“No meio do caminho tinha uma pedra
Tinha uma pedra no meio do caminho
Tinha uma pedra
No meio do caminho tinha uma pedra
Nunca me esquecerei desse acontecimento
Na vida de minhas retinas tão fatigadas
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
Tinha uma pedra
Tinha uma pedra no meio do caminho
No meio do caminho tinha uma pedra.”
Carlos Drummond de Andrade
Com a eleição do Bolsonaro, lançado por eles no pátio da AMAN [Academia Militar das Agulhas Negras] ainda em 29 de novembro de 2014, quatro anos antes da eleição presidencial de 2018, o Partido dos generais acalentava planos pretensiosos.
“No meio do caminho tinha uma pedra
Tinha uma pedra no meio do caminho
Tinha uma pedra
No meio do caminho tinha uma pedra
Nunca me esquecerei desse acontecimento
Na vida de minhas retinas tão fatigadas
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
Tinha uma pedra
Tinha uma pedra no meio do caminho
No meio do caminho tinha uma pedra.”
Carlos Drummond de Andrade
Com a eleição do Bolsonaro, lançado por eles no pátio da AMAN [Academia Militar das Agulhas Negras] ainda em 29 de novembro de 2014, quatro anos antes da eleição presidencial de 2018, o Partido dos generais acalentava planos pretensiosos.