domingo, 27 de fevereiro de 2022

Bolsonaro torra grana pública no Carnaval

Charge: Fraga
Por Altamiro Borges

Enquanto a média de mortes diárias por Covid-19 atinge 722 pessoas e cerca de 500 brasileiros, segundo o Itamaraty, ainda tentam deixar a Ucrânia, o “capetão” curte festivamente o Carnaval no litoral paulista. O site G1 informa neste domingo (27) que “Bolsonaro passeia de moto aquática e gera aglomeração de banhistas em praias do Guarujá e Praia Grande”.

Segundo a notinha, o presidente “saiu de Brasília, na manhã de sábado, e foi de avião até o Aeroporto de Congonhas (SP). Depois, ele seguiu em helicóptero para o Guarujá, onde chegou por volta das 10h20. Ele e sua comitiva estão hospedados no Forte dos Andradas. A previsão é que o presidente retorne à Brasília na próxima sexta (4)”.

Talvez demore para ser divulgado quanto o fanfarrão e sua comitiva vão torrar de grana pública em mais essa folguinha. Na semana retrasada, o jornal O Globo divulgou, com base na Lei de Acesso à Informação, que as férias de sete dias do presidente em São Francisco do Sul (SC), em janeiro último, custaram aos cofres públicos R$ 899.374,60.

Já no Carnaval de 2021, segundo matéria de Leonardo Sakamoto, “Bolsonaro e sua equipe de apoio haviam custado para nós cerca de R$ 1,8 milhão em hospedagem, alimentação, passagens aéreas e gastos no cartão corporativo... E na virada de 2020 para 2021, ele já tinha usado R$ 2,3 milhões dos cofres públicos para curtir em São Francisco do Sul e Guarujá”.

Falta de transparência no cartão corporativo

Na semana passada, a Comissão de Transparência, Fiscalização e Controle (CTFC) do Senado aprovou requerimento de Fabiano Contarato (PT-ES) para que os gastos nos cartões corporativos da Presidência da República sejam esclarecidos. Pelo decidido, o governo deverá fornecer informações detalhadas sobre as compras realizadas entre 2019 e 2021.

Em janeiro, uma reportagem do jornal O Globo já havia comprovado que Jair Bolsonaro usou R$ 29,6 milhões em cartões corporativos até dezembro de 2021. “No exercício de sua competência fiscalizatória, cabe ao Congresso Nacional analisar a finalidade dos gastos milionários realizados com CPGFs [Cartões de Pagamento do Governo Federal]”, alerta Contarato.

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