Por Carolina Fortes, na revista Fórum:
Em ano eleitoral e com Lula (PT) à frente das pesquisas de intenções de voto, a Globoplay lançou, no último dia 27, a série documental “O Caso Celso Daniel“, sobre a morte do ex-prefeito petista. Um dos mais emblemáticos crimes da história política, o caso foi concluído em abril de 2002.
Na ocasião, a Polícia Civil de São Paulo apontou que se tratou de um sequestro seguido de assassinato cometido por uma quadrilha da favela Pantanal, na zona sul de SP.
Com isso, o crime foi considerado comum, mas até hoje há quem defenda motivações políticas.
O ex-delegado Marcos Carneiro Lima, que esteve no centro do caso e é um dos entrevistados do documentário disponível na Globoplay, afirma que concordou em participar do projeto para apresentar a versão correta dos fatos.
“É um serviço público para a sociedade, a defesa implacável do direito à informação, isso é importantíssimo, dá voz ao outro lado”, ressalta.
Lima, que trabalhou na área de Homicídios e Antissequestro da Polícia Civil, é categórico ao dizer que o crime não teve envolvimento do PT ou de outros políticos e que a narrativa de que Celso Daniel teria sido morto a mando de dirigentes do partido foi alimentada por boa parte da mídia para “enfraquecer um partido e uma pessoa que imaginavam que a sociedade brasileira jamais colocaria no poder”.
“Quiseram associar a ideia que era um partido que mandava matar quem contrariava”, afirma o ex-delegado.
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