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Merval Pereira, porta-voz da Rede Globo, admite que “tudo parece se encaminhar para uma vitória do ex-presidente Lula na eleição presidencial de outubro, a não ser que o inesperado faça uma surpresa” [O Globo, 1/2/2022].
Para evitar a vitória do Lula na eleição, Merval está na torcida para que aconteça um acontecimento tão raro quanto impossível como seria a ocorrência de um tsunami no sertão nordestino.
Não por acaso, o artigo dele n’O Globo tem o sugestivo título “À espera do inesperado”. Merval e a Globo estão desejando e esperando…
Merval prevê Bolsonaro “sem chance de tornar-se, como Trump nos Estados Unidos de Biden, a liderança contra o PT”.
Como se observa, o porta-voz da Globo sofre com a realidade de que “Bolsonaro irá para o segundo turno perder para Lula”. Merval dá de barato a derrota das oligarquias para Lula, por isso ele já está pensando na oposição destrutiva ao futuro governo Lula.
De olho no futuro pós-eleição, Merval não pensa no imperativo de se reconstruir o país devastado pelas políticas desastrosas engendradas desde o golpe e apoiadas pela Globo. Como considera inevitável a hipótese de vitória do Lula, Merval está exclusivamente interessado em armar as condições para combater, sabotar e inviabilizar o futuro governo de salvação e reconstrução nacional presidido por Lula.
Na opinião do Merval/Globo, o recomendável seria Bolsonaro desistir de concorrer à presidência para abrir espaço na disputa a outro candidato anti-Lula – seria o ex-juiz-ladrão Sérgio Moro?
Em contrapartida, o porta-voz da Globo e das oligarquias dominantes oferece a Bolsonaro a eterna impunidade na forma da sua eleição ao Senado.
“Eleito senador, Bolsonaro poderia liderar a oposição. Derrotado, pode ir para a cadeia. Sua saída do páreo mudaria a cena eleitoral”, filosofa o acadêmico da ABL, um ardoroso defensor do bando moro-lavajatista do banditismo político de extrema-direita.
Merval sabe que Bolsonaro é um bandido, tanto que que reconhece que sem o foro privilegiado de um mandato parlamentar, Bolsonaro “pode ir para a cadeia”. Mas o porta-voz da Globo, que já tem Sérgio Moro como seu bandido de estimação, trata Bolsonaro como um delinquente aliado, conveniente.
Assim como na eleição de 2018, Merval, Globo e as oligarquias dominantes estão em busca de outro “bandido para chamarem de seu”.
Estão desesperadamente em busca de algum invento de proveta para tentarem impedir a vitória do Lula em outubro próximo e, em caso da muito provável derrota, querem encontrar outra “liderança” que consiga encarnar a oposição canina e fascista ao futuro governo Lula.
Merval e a lúmpen-burguesia que ele representa não defendem um projeto para o país. Antes de qualquer outro compromisso, eles militam ardorosamente contra Lula e o PT.
Merval a Rede Globo e as oligarquias dominantes não atuam a favor do Brasil e do povo brasileiro. Acima de qualquer coisa, e para proteger seus interesses e privilégios de classe, eles atuam doentiamente contra Lula e o PT.
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