Charge: Carol Cospe Fogo |
A máquina de corrupção do governo, com R$ 16 bilhões em emendas parlamentares somente no orçamento secreto, foi decisiva no troca-troca da janela partidária encerrada nesta sexta-feira (1). Segundo levantamento do site G1, 23% dos deputados federais trocaram de partido (120 dos 513) e a bancada governista foi a que mais cresceu.
O maior favorecido pelas mudanças foi o PL, a nova sigla de aluguel de Jair Bolsonaro. Desde o primeiro dia da janela, em 3 de março, a bancada do partido cresceu 83% (de 42 para 76 deputados federais). Na sequência, Republicanos e PP – as outras duas legendas do Centrão que dão sustentação ao fascista – foram as que mais engordaram.
“O Republicanos conseguiu atrair 15 e perdeu cinco. Ligada à Igreja Universal do Reino de Deus, a legenda será a casa de dois ex-ministros do governo Jair Bolsonaro (Tarcísio Gomes de Freitas e Damares Alves) e do vice-presidente Hamilton Mourão. Os três devem concorrer na eleição deste ano. No PP, foram 15 novos integrantes e duas baixas”, descreve o G1.
Já o jornal Estadão enfatiza que “legendas que estão alinhadas com o governo Bolsonaro ganharam adesões, reforçando a base de apoio para a campanha do presidente à reeleição. O PL é a sigla que mais cresce com a chamada janela partidária na Câmara... O cenário de aparente recuperação do presidente, indicado nas pesquisas, reforçou a impressão no meio político de que estar aliado ao governo pode ser uma garantida de voto”.
Uma candidatura competitiva
“Somando PL, Progressistas, Republicanos, PSC e PTB são 171 deputados com Bolsonaro, o equivalente a 1/3 da Câmara. Já o petista Luiz Inácio Lula da Silva, principal adversário e favorito nas pesquisas, conta com a bancada do PT, PSB, Solidariedade, PSOL, PCdoB e PV, que representam 113 deputados”, aponta o jornalão oligárquico.
Entrevistado pelo Estadão, o analista político Antônio Augusto de Queiroz, do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), observa que o crescimento do PL é algo inédito na história da Câmara Federal e mostra que Jair Bolsonaro arregimentou apoios que, mesmo no pior cenário, devem levá-lo ao segundo turno da disputa presidencial. “É uma candidatura sem dúvida nenhuma competitiva”, afirma.
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