Por Fernando Brito, em seu blog:
A coluna Painel, da Folha, reproduz uma mensagem de Antonio Bivar, presidente do União Brasil, onde este diz, com todas as letras, a apoiadores de Sergio Moro que “ao tomar sua decisão [de filiar-se ao partido], ele [Moro] estava ciente de que em nenhum momento a legenda para a disputa presidencial lhe fora prometida”.
Ou seja, não foi Moro o enganado nesta história, mas a opinião pública, à qual o ex-juiz levou a crer ter sido vítima “dos políticos”, com a pantomima do “desisto de desistir” que ele encenou (e ainda encena) sobre sua candidatura presidencial.
Assim, consegue mídia e, melhor ainda, “justifica” o que de fato fez: posar de mártir da politica quando, na verdade, estava agindo para evitar que a frustração com os índices de adesão a sua candidatura sinalizavam uma queda, sem nunca terem apontado o números que sonhara.
Numa palavra, fugiu de um desastre que se anunciava e mandou às favas os que depositavam nele sua boa-fé, ainda que distorcida.
Desistir, claro, é um direito de qualquer um.
Mas a quem se coloca como um paladino da moralidade, como um salvador do país, o nome certo é deserção, não desistência.
Este é Sergio Moro, o dissimulado, o que esconde suas ambições sob um falso “heroísmo” e que foge quando o caminho que dizia seguir apresenta alguma aspereza.
Moro é o falso esperto, que logo se revela um otário, ao ponto em que está temeroso até de uma candidatura ao Senado.
Pena que, enquanto isso, produz estragos para o país.
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