Por João Guilherme Vargas Netto
Realizada, com êxito, a Conclat-2022 e tomadas as medidas necessárias para seu enraizamento e aplicação de suas resoluções, as preocupações das direções sindicais majoritárias voltam-se para a preparação da comemoração do 1º de Maio na Praça Charles Miller, no Pacaembu, em São Paulo, embora haja outras comemorações programadas.
Para que o movimento sindical tenha este ano o êxito que teve durante a pandemia com as comemorações virtuais unitárias é preciso não descuidar do esforço unitário, que continua como exigência, não agravando os erros divisionistas, nem se engalfinhando nas disputas políticas eleitorais.
Não deveríamos cometer o erro que a mídia grande cometeu ao tratar nossas iniciativas como manifestações político-partidárias, desprezando sua orientação eminentemente sindical; a pauta unitária da Conclat desapareceu na pauta da cobertura midiática.
O tema sindical, relevante, foi menosprezado (até mesmo por alguns de nós) enquanto se valorizavam inúmeros incidentes de caráter político-partidário que permearam as manifestações. Isto é compreensível, mas não justificável, no ambiente acalorado das disputas partidárias em ano de eleições gerais, quando se enfrenta um adversário que é presidente da República e despreza os trabalhadores, as trabalhadoras e o movimento sindical.
Reforçando com ênfase a pauta nacional da classe trabalhadora a comemoração do 1º de Maio, ainda que não seja formalmente unitária, será tão mais significativa e tão mais efetiva, em termos de cidadania, quanto mais desencadear de imediato ações concretas contra a carestia que aflige milhões e tem presença primordial na pauta da Conclat-2022, unitária apesar de tudo...
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