Charge: Iotti |
O dia 05 de junho é marcado como Dia Mundial do Meio Ambiente e, em alusão à segurança alimentar, comemora-se no dia 07 de junho, o Dia Mundial da Segurança dos Alimentos. São datas importantes para lembrarmos sempre e, enquanto cidadãos conscientes, pautar a nossa ação política e mesmo individual em nosso dia a dia.
Enquanto educadoras e educadores, essa pauta está muito presente na vida diária dos milhões de professoras e professores, bem como dos próprios funcionários da educação. O papel da escola na defesa e cuidado do meio ambiente já apresenta para a sociedade uma considerável evolução na melhoria do trato dessas questões tão importantes. Nossas crianças de hoje estão bem mais conscientes e indicam para todos nós um futuro melhor do que nós conseguimos, até agora, deixar para a atual geração.
Da mesma forma, a importância da segurança alimentar, que remete a uma comida e à produção de alimentos mais saudáveis, livre de venenos e agrotóxicos, também já vem sendo incutida na formação de nossas crianças e jovens. A alimentação escolar já vem sendo preparada em muitas de nossas escolas com a preocupação de oferecer a nossos estudantes uma refeição mais saudável, sem refrigerantes ou comidas feitas na fritura.
Durante algum tempo, tivemos no Brasil uma sintonia fina entre a pequena produção rural de alimentos e o fornecimento da alimentação escolar. A partir de cooperativas locais de pequenos produtores rurais, as redes de ensino pelo país afora tinham o incentivo de contratação na compra dos alimentos por elas produzidos, fomentado por uma legislação federal. Isso foi por água abaixo desde quando a ex-presidenta Dilma Rousseff sofreu o golpe de 2016. Assim como tantas outras coisas em nosso país.
As políticas de fiscalização dos órgãos ambientais do governo, que sempre nos protegeram enquanto sociedade dos malfeitos dos maus pecuaristas, madeireiros e outros tantos dessa elite perversa que o Brasil possui, estão sendo cada vez mais limitadas no país. Em nome de seus lucros pessoais, destroem tudo o que veem na frente.
Falhamos como sociedade, devemos reconhecer! No Brasil de hoje, o lucro está acima da nossa vida, saúde e do próprio meio ambiente. Desde que Bolsonaro tomou posse no Governo Federal, o número de agrotóxicos autorizados pela ANVISA a serem usados em nossa agricultura aumentou enormemente. Muitos deles proibidos em vários lugares do mundo. A esperança, definitivamente, está no futuro a ser construído por nós.
Quando me lembro das minhas aulas de Ciências em Paulista, município da região metropolitana de Recife-PE, onde exerci o magistério na educação básica por muitos anos, me emociona recordar a empolgação dos meus estudantes com as aulas práticas. As caminhadas ecológicas que fazíamos com os estudantes nas praias, sementeiras, jardim zoológico ou mesmo nos espaços de ciência das escolas, traziam orgulho para nós que exercemos o magistério como profissão. A reflexão sobre o cuidado com o meio ambiente em nossa cidade, o amor pelos rios e vegetação nativa, além da preocupação com o lixo e o sistema de esgoto de onde vivemos, eram temas presentes em nossas discussões. E encantavam as crianças e jovens!
Dali, daquele espaço reflexivo da escola, temos a certeza de que estamos ajudando a forjar nas novas gerações uma consciência ambiental mais responsável. Se não cuidarmos do espaço no tempo de hoje em que estamos vivendo, não teremos futuro! E o futuro do meio ambiente e dos alimentos que consumimos também depende dos políticos que, com nossos votos, colocamos no poder. É fundamental sabermos escolher nossos representantes políticos também por esse viés. Nosso compromisso com a sustentabilidade não pode ser só da boca pra fora, mas, sobretudo, amparado pelas nossas ações diárias. Por uma política e políticos que defendam, de verdade, o meio ambiente, e não os interesses dos madeireiros e do agronegócio que mata e aniquila o futuro do nosso país.
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