Charge: Elias Ramires Monteiro |
O primeiro ato de Bolsonaro que mostrava claramente que em sua tentativa de reeleição ele não abriria mão de usar todos os recursos do Estado foi a criação do Auxílio Brasil.
O governo acabou com o Bolsa Família e criou esse penduricalho só até dezembro deste ano com um valor mensal maior, de 400 reais.
Ou seja, um auxílio visando apenas melhorar a popularidade do presidente neste período eleitoral.
O que a mídia-mercado fez?
Nada. Se calou noticiando o fato sem associá-lo a um claro estelionato.
A ação, porém, não resultou em melhoria do presidente nas pesquisas e Lula tem intenção de voto maior entre os que recebem o auxílio do que entre os que não recebem.
Bolsonaro então propôs usar os recursos da privatização da Eletrobras para zerar os impostos estaduais no preço dos combustíveis também até dezembro.
Ou seja, só pra tentar melhorar suas chances de vitória eleitoral. O que a mídia-mercado fez?
Informou, mas sem dizer que isso significava uma clara tentativa de estelionato eleitoral.
Nesta quinta-feira (9/6), porém, Guedes e Bolsonaro decidiram ir mais longe.
O ministro da Economia pediu aos donos de mercados para congelarem os preços até outubro para garantir a reeleição do presidente que estava ao seu lado. Sem a menor cerimônia foi direto e reto.
E nada.
Não houve uma reação indignada da mídia-mercado. Parece que este tipo de ação não é algo absurdo e que não poderia ser caracterizada como crime eleitoral.
Houve uma normalização dos crimes bolsonaristas. Só alguns são criticados. Boa parte passa batido. O estelionato eleitoral é um deles.
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