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O desgoverno de Jair Bolsonaro – também já apelidado de “Bolsocaro” – vai de mal a pior. Na quarta-feira (15), o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central anunciou o 11º aumento consecutivo da taxa básica de juros, a Selic. Com a elevação de 0,5 ponto percentual, ela subiu para 13,25% ao ano, o maior índice desde 2016.
A decisão foi tomada por unanimidade pelos abutres financeiros que mandam no Copom. O comitê ainda já sinalizou que pretende impor nova alta da taxa de juros daqui a 45 dias. “Para a próxima reunião, o comitê antevê um novo ajuste, de igual ou menor magnitude”, adverte o comunicado do colegiado sinistro.
“O comitê julga que a incerteza em torno das suas premissas e projeções atualmente é maior do que o usual e cresceu desde a última reunião”, afirma a nota em linguagem sacana. Na prática, o Copom avalia que a inflação seguirá em alta nos próximos meses, afetando sobretudo a vida dos mais pobres – o que confirma a tragédia do desgoverno Bolsocaro.
Com sua política monetária ortodoxa, neoliberal, o Copom eleva a taxa de juros com a desculpa de que serve para conter a alta da carestia. O remédio, porém, mata o doente! Juros mais altos significam menos crédito, menos consumo, menos produção e, consequentemente, mais desemprego e menor renda dos trabalhadores. Em muitos casos, essa política gera estagflação – que é a combinação perversa de recessão econômica com alta da inflação. É o caos total.
Os temores da cloaca burguesa
Até setores da cloaca burguesa – que amam o fascista por seu ultraneoliberalismo – sabem dos riscos dessa combinação. Diante da nova alta da Selic, a própria Confederação Nacional das Indústrias (CNI) divulgou nota afirmando que a medida é “desnecessária” e “equivocada” e vai causar somente “queda do consumo, da produção e do emprego”.
“A taxa básica de juros vem sendo elevada desde março de 2021 e, desde dezembro, a taxa real se encontra em patamar que inibe a atividade econômica... O aumento adicional no momento é desnecessário para o controle da inflação e trará custos adicionais à economia, como queda do consumo, da produção e do emprego”, afirma a nota da entidade patronal.
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