Charge: Aroeira |
O ex-senador Magno Malta (PL-ES), que também é “pastor” do ódio bolsonarista, parece temer pelas consequências dos seus atos endemoniados. O site UOL revelou nesta sexta-feira (24) que ele “removeu mais de mil vídeos do seu canal de YouTube após ser alvo de queixa-crime apresentada pelo ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal”.
Desde 17 de junho, 1.136 vídeos foram removidos. Mais de 100 mencionavam já no título palavras como STF e nomes de ministros. Alguns dos títulos retirados: “Ditadura no Supremo Tribunal Federal”; “Ministros do STF são Deus?”; “Pedindo impedimento do ministro Barroso”; “Caso Daniel Silveira: até quando vamos ver esta covardia de Alexandre de Moraes”.
Em áudio enviado ao site UOL, o jagunço bolsonarista negou que tenha se acovardado. Disse que removeu os vídeos com menor visualização e engajamento e que “não tem razão nenhuma para apagar nada”. Todo metido a valentão, o pastor ainda afirmou que “todos os meus vídeos em que eu critico os ministros do STF estão no Facebook, no Instagram”.
O "pastor" bolsonarista será cassado?
A bravata do ex-senador, porém, não convence. Candidato novamente ao Senado pelo Espírito Santo, Magno Malta teme por entraves jurídicos. Na semana retrasada, durante um evento da ultradireita em Campinas (SP), o bolsonarista acusou o ministro Luís Roberto Barroso de “ter dois processos no STJ, na Lei Maria da Penha, por espancamento de mulher”.
De imediato, o difusor de fake news foi alvo de nova queixa-crime. Em seu despacho, o ministro Alexandre de Moraes, relator da queixa no STF, afirmou que “é evidente que a atitude do ex-senador tem conexão com as que são investigadas no inquérito das fake news”, informa o site UOL. Ele deu 15 dias de prazo para Magno Malta se manifestar.
Se o pastor do ódio não apresentar provas de suas calúnias, poderá sofrer um novo processo no Supremo e até ter a sua candidatura vetada. Nem tudo pode ser removido – como no YouTube.
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